Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2024

Japão testa medicamento que faz crescer dentes novamente

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Terça, 17 de Dezembro de 2024 às 13:50, por: CdB

Estudos em camundongos e furões indicam que a inibição de uma proteína conhecida como USAG-1 pode desencadear esse terceiro grupo de dentes.

Por Redação, com Byte – de Tóquio

Os pesquisadores japoneses iniciaram os testes do medicamento que regenera os dentes. A meta é fornecer este medicamento até 2030. Foi iniciado o teste do tratamento no Hospital Universitário de Kyoto.

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Resultados dos estudos com animais nos levam a questionar se os dentes regenerados poderiam substituir, de forma funcional e estética, os dentes perdidos

Este medicamento para rejuvenescer dentes já está na agenda há algum tempo. O indivíduo possui um dente de leite e um permanente. Até agora, tudo está bem. Contudo, os pesquisadores notaram que existe uma possibilidade de uma “terceira geração” de dentes oculta sob a nossa gengiva.

Portanto, o objetivo do medicamento experimental é justamente promover o desenvolvimento desses dentes escondidos. Pode representar uma grande mudança no setor, já que os tratamentos utilizados para recuperar dentes perdidos por cáries, doenças ou lesões são invasivos e de alto custo.

Estudos em camundongos e furões indicam que a inibição de uma proteína conhecida como USAG-1 pode desencadear esse terceiro grupo de dentes. Atualmente, o principal público desse medicamento são pacientes que perderam seis ou mais dentes permanentes desde o nascimento.

Os estudiosos destacam que a condição genética afeta aproximadamente 0,1% da população, podendo causar graves dificuldades na mastigação. “Este medicamento tem o potencial de transformar a vida deles”, afirmam os criadores, em nota divulgada pela AFP.

Agora, a comunidade científica está ansiosa e receosa para observar o resultado. De acordo com alguns pesquisadores consultados pela AFP, “a ideia de que os humanos possuem brotos dentários latentes que podem gerar um terceiro conjunto de dentes é revolucionária e polêmica”.

Outro aviso é que os resultados obtidos em animais nem sempre se aplicam diretamente aos seres humanos. Os resultados dos estudos com animais nos levam a questionar se os dentes regenerados poderiam substituir, de forma funcional e estética, os dentes perdidos.

Vacina sem dor

É indiscutível a relevância de se imunizar, porém, para muitos, esse é um verdadeiro obstáculo devido ao receio de agulhas. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, estão criando um novo tipo de vacina: em creme!

O objetivo é proporcionar a mesma defesa por meio da aplicação de um creme na pele. O produto passou por testes com camundongos e mostrou resultados promissores. A boa notícia é que a inovação pode ser empregada no combate de várias enfermidades.

De acordo com os cientistas, o segredo reside em uma bactéria que habita nossa pele: a Staphylococcus epidermoides. Os pesquisadores descobriram que uma proteína encontrada na superfície bacteriana pode provocar uma potente reação imunológica contra o tétano.

Uma experiência conduzida com camundongos confirmou a efetividade do procedimento. Após aplicar o creme nos animais, observou-se um crescimento notável dos anticorpos contra a bactéria nas seis semanas subsequentes, alcançando níveis superiores aos das vacinas convencionais.

Todas as cobaias se recuperaram e não exibiram sinais da enfermidade. Os achados foram detalhados em pesquisa divulgada na revista Nature.

Creme pode ser utilizado contra várias doenças

Segundo os pesquisadores, o mesmo processo pode ser aplicado na criação de vacinas contra outras enfermidades;

No mesmo estudo, a equipe trocou a toxina do tétano pela da difteria e também observou uma resposta imunológica nos camundongos;

Com a descoberta, poderiam desenvolver novas vacinas que dispensam o uso de agulhas, aplicando as vacinas através de um simples toque na pele;

O próximo passo é testar a técnica em macacos;

A expectativa é que os primeiros testes em humanos aconteçam em dois ou três anos.

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