Rio de Janeiro, 20 de Março de 2025

Japão entra em alerta após detectar variante 'diferente' vinda das Filipinas

As autoridades de saúde do Japão têm demonstrado preocupação após detectar uma variante "diferente" do coronavírus em um viajante proveniente das Filipinas, sugerindo alterações às restrições de viagens e controle fronteiriço.

Segunda, 15 de Março de 2021 às 10:18, por: CdB

 

As autoridades de saúde do Japão têm demonstrado preocupação após detectar uma variante "diferente" do coronavírus em um viajante proveniente das Filipinas, sugerindo alterações às restrições de viagens e controle fronteiriço.

Por Redação, com Sputnik - de Tóquio/Bruxelas/Nova York
As autoridades de saúde do Japão têm demonstrado preocupação após detectar uma variante "diferente" do coronavírus em um viajante proveniente das Filipinas, sugerindo alterações às restrições de viagens e controle fronteiriço.
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Japão entra em alerta após detectar variante de coronavírus 'diferente' vinda das Filipinas
A mutação, que difere das descobertas no Reino Unido, África do Sul e Brasil, foi detectada em um homem de aproximadamente 60 anos de idade que chegou ao aeroporto de Narita no dia 25 de fevereiro e não apresentava sintomas da doença. "A cepa começou a ser detectada nas Filipinas e espalhou-se até aqui", apontam as autoridades japonesas, informa The Japan Times. Considera-se que a variante filipina apresente um nível de ameaça semelhante ao das cepas sul-africana e brasileira. Contudo, existe também a possibilidade de a filipina ser mais resistente a anticorpos, incluindo os obtidos por vacinação.

Alemanha, Itália, França e Espanha

No mês passado, a Hungria se tornou a primeira nação da União Europeia (UE) a aprovar o uso da Sputnik V, que já foi autorizada em 50 países.
Nesta segunda-feira, o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF, na sigla em russo), fechou acordos com empresas da Itália, Espanha, França e Alemanha para iniciar a produção conjunta da vacina russa Sputnik V, anunciou Kirill Dmitriev, diretor-geral do RDIF. – Atualmente, há negociações adicionais em andamento para aumentar a produção na UE. Isso nos permitirá começar a fornecer a Sputnik V ao mercado único europeu assim que a aprovação for concedida pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) – disse o diretor-geral. Dmitriev acrescentou que o RDIF e seus parceiros estão prontos para começarem a fornecer vacinas aos países da UE que autorizarem de forma independente a Sputnik V. O medicamento até agora foi aprovado para uso emergencial em 50 países, incluindo várias nações europeias, como Hungria, Eslováquia, Sérvia, Montenegro, San Marino e Macedônia do Norte. No Brasil, o Ministério da Saúde assinou contrato para a compra de dez milhões de doses da Sputnik V na última sexta-feira. O cronograma aponta que 400 mil doses devem ser recebidas até o final de abril. Outros dois milhões de doses chegarão até o final de maio, enquanto 7,6 milhões de doses são esperadas até junho deste ano. Desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya) e promovido pelo RDIF, a vacina russa tornou-se o primeiro medicamento anticoronavírus registrado no mundo em agosto de 2020. De acordo com a análise de ensaios clínicos de fase três, publicada no The Lancet, a vacina tem uma taxa de eficácia de 91,6% contra a covid-19. A Agência Europeia de Medicamentos está atualmente conduzindo uma revisão contínua da vacina, o RDIF disse que a Sputnik V poderia ser fornecida a 50 milhões de residentes da UE a partir de junho, assim que a EMA aprovar seu uso.

Detectados 34 casos

De acordo com o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, até agora, foram detectados 34 casos da nova variante na parte central das Filipinas desde o final de janeiro. Anteriormente foi anunciado que, a fim de evitar a propagação de covid-19 e devido à detecção de variantes mais contagiosas do vírus em vários países, o governo japonês planeja realizar Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio 2020 sem espectadores estrangeiros. A Olimpíada de Tóquio foi adiada em razão da pandemia da covid-19 em 2020, mas foi remarcada para o período de 23 de julho a 8 de agosto deste ano.

Outra doença

Pesquisadores contaram o número de casos de mielite flácida aguda, uma doença com potencial efeito paralisante, e descobriram que um esperado surto em 2020 não se materializou devido ao SARS-CoV-2.
Embora tenha acontecido acidentalmente, a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 impediu que em 2020 a mielite flácida aguda, uma doença que afeta o sistema nervoso e pode provocar paralisia, se propagasse mais, revela um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. O estudo disse que a doença, cuja provável origem vem de um vírus chamado EV-D68, tem ressurgido em anos pares nos EUA, em 2014, 2016 e 2018, presumivelmente devido a fatores climáticos. Assim, em 2016 foram registrados 153 casos, e mais 238 em 2018. No entanto, em 2020 apenas foram catalogados 31 casos, algo que a equipe liderada por Sang Woo Park, da Universidade de Princeton, EUA, atribui aos efeitos da pandemia, que teria reduzido os efeitos não só da covid-19, como também desta doença devido às políticas de distanciamento social, quarentenas e lockdowns. Apesar disso, os pesquisadores alertam que uma possível falta de imunidade viral pode representar um perigo à população. "Se o distanciamento social impedir a ocorrência do surto, então o grupo suscetível pode aumentar ainda mais", escrevem. A mielite flácida aguda afeta "particularmente a área da medula espinhal chamada 'massa cinzenta', que causa o enfraquecimento dos músculos e reflexos do corpo", e mais de 90% dos casos se concentram em crianças, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA.  
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