Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Jack Teixeira vai se declarar culpado por vazamento de dados do Pentágono

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Segunda, 04 de Março de 2024 às 08:40, por: CdB

Teixeira, que permanece sob custódia desde sua prisão em abril do ano passado na casa de sua mãe em North Dighton, em Massachusetts, comparecerá em um tribunal perante a juíza distrital Indira Talwani, em Boston, para se declarar culpado.

Por Redação, com Reuters - de Washington

Jack Teixeira, o membro da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts acusado de vazar documentos militares confidenciais em uma plataforma de mídia social, pode se declarar culpado nesta segunda-feira por realizar uma das mais graves violações da segurança nacional dos Estados Unidos em anos.

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Jack Teixeira, o membro da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts acusado de vazar documentos militares confidenciais

Teixeira, que permanece sob custódia desde sua prisão em abril do ano passado na casa de sua mãe em North Dighton, em Massachusetts, comparecerá em um tribunal perante a juíza distrital Indira Talwani, em Boston, para se declarar culpado.

O jovem de 22 anos foi indiciado por seis acusações de retenção e transmissão intencionais de informações confidenciais relacionadas à defesa nacional por causa de um vazamento, no ano passado, de um conjunto de documentos confidenciais para um grupo de jogadores no Discord. Cada uma dessas acusações acarreta uma sentença máxima de 10 anos de prisão.

Antes de ser preso, Teixeira era aviador de Primeira classe na Base da Guarda Nacional Aérea de Otis, em Cape Cod, em Massachusetts, onde trabalhava como funcionário de operações de defesa cibernética ou especialista em suporte de tecnologia da informação.

Apesar de ser um aviador de baixo escalão, Teixeira possuía uma autorização de segurança ultrassecreta e, a partir de janeiro de 2022, começou a acessar centenas de documentos confidenciais relacionados a tópicos como a invasão da Ucrânia pela Rússia, de acordo com os promotores.

Ele fez isso apesar de seus superiores o terem advertido duas vezes em setembro e outubro de 2022 sobre o manuseio de informações confidenciais, de acordo com registros internos da Guarda Nacional Aérea apresentados no tribunal.

Na época, Teixeira liderava um servidor privado, uma espécie de sala de bate-papo, no Discord chamado "Thug Shaker Central", e os promotores disseram que ele começou a compartilhar informações confidenciais em três servidores enquanto se gabava de ter acesso a "coisas para Israel, Palestina, Síria, Irã e China".

Os documentos vazados continham informações altamente confidenciais sobre aliados e adversários, com detalhes que iam desde as defesas aéreas da Ucrânia até a agência de espionagem israelense Mossad.

Força Aérea dos EUA

Em dezembro, a Força Aérea dos EUA anunciou que havia tomado medidas disciplinares contra 15 pessoas por causa do vazamento e destituiu o coronel Sean Riley do comando da unidade à qual Teixeira pertencia.

Isso foi feito depois que um relatório do inspetor geral da Força Aérea sobre o incidente constatou que alguns membros da unidade e da liderança de Teixeira "tinham informações sobre até quatro instâncias separadas de sua atividade questionável".

Um número menor de pessoas tinha uma visão mais completa de seu comportamento de busca de informações e "deixou intencionalmente de relatar todos os detalhes dessas preocupações/incidentes de segurança", disse o relatório.

A Força Aérea, após os vazamentos, disse que implementou várias reformas para melhorar os procedimentos relacionados ao acesso a informações confidenciais.

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