Rio de Janeiro, 09 de Dezembro de 2025

Itália solicita ao STF informações sobre local de prisão de Zambelli

A Justiça italiana busca detalhes sobre o sistema prisional brasileiro antes de decidir sobre a extradição da deputada Carla Zambelli, condenada a 10 anos por invasão ao CNJ.

Terça, 09 de Dezembro de 2025 às 14:41, por: CdB

Ela foi condenada a 10 anos de cárcere por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Por Redação, com ANSA – de Roma, Brasília

A Justiça italiana quer verificar as condições do sistema prisional brasileiro antes de decidir sobre o pedido de extradição da deputada Carla Zambelli, presa no país europeu em julho após fugir do Brasil devido a uma condenação.

Itália solicita ao STF informações sobre local de prisão de Zambelli | Itália aguarda retorno do Brasil para dar andamento ao pedido de extradição de Zambelli
Itália aguarda retorno do Brasil para dar andamento ao pedido de extradição de Zambelli

De acordo com à Agência Brasil, os magistrados da Itália enviaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um documento pedindo maiores informações sobre o sistema carcerário nacional, como o local em que Zambelli cumprirá a pena, assim como as condições gerais dos presídios femininos, incluindo atos de violência e de intimidação contra detentas e a capacidade da polícia penal para manter a ordem.

Moraes tem até o dia 14 de dezembro para esclarecer as dúvidas da Justiça italiana, que suspendeu provisoriamente o julgamento de extradição da deputada enquanto aguarda o retorno do STF.

A previsão é que a audiência na Itália sobre Zambelli seja retomada em 18 de dezembro.

Liberdade provisória

Ela foi condenada a 10 anos de cárcere por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na Europa, a deputada já passou por três audiências de custódia e teve recursos negados pelas autoridades italianas. Além disso, a Corte de Apelação de Roma respondeu negativamente a uma solicitação de liberdade provisória ou prisão domiciliar, pois os magistrados consideraram que existem “fortes indícios de risco de fuga”. 

Edições digital e impressa