Na última madrugada foram registrados mais 14 desembarques, com cerca de 605 imigrantes. Somados aos que chegaram nos últimos dias ao centro de acolhimento são mais de 3 mil as pessoas ali concentradas.
Por Redação, com ANSA - de Roma
Mais de 3 mil imigrantes estão concentrados no centro de acolhimento de Lampedusa, na Itália, com capacidade para apenas 300 lugares, após a onda de desembarques nos últimos dias.
Segundo os meios de comunicação, só na quinta-feira 41 barcos com 1.869 migrantes foram localizados e levados para terra, enquanto mais dois pequenos barcos, com 46 e 41 pessoas a bordo, conseguiram chegar diretamente à praia de Guitgia e a uma enseada próxima.
Na última madrugada foram registrados mais 14 desembarques, com cerca de 605 imigrantes. Somados aos que chegaram nos últimos dias ao centro de acolhimento são mais de 3 mil as pessoas ali concentradas. Na quinta, cerca de 750 foram transferidas para outras localidades sicilianas.
Também durante a noite, uma barcaça com 42 pessoas, incluindo cinco mulheres e um menor, afundou nas águas italianas, mas todos os passageiros foram salvos com a ajuda de um barco de pesca tunisiano e da guarda costeira.
Nos últimos dias
Os imigrantes que têm chegado nos últimos dias são provenientes do Chade, Síria, Sudão, Iêmen, Senegal, Mali, Guiné, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Libéria e Gâmbia e, segundo a imprensa, a maioria dos barcos partiu de Sfax , na Tunísia.
O Conselho de Ministros italiano aprovou na quinta-feira em Cutro, localidade onde ocorreu o naufrágio de 26 de fevereiro que matou pelo menos 72 imigrantes, decreto-lei que introduz nova infração penal para traficantes que causem morte ou ferimentos por meio do tráfico de pessoas e que prevê pena de até 30 anos de prisão.
Além disso, a Itália reservará cotas de acesso para trabalhadores provenientes de países que colaboram com Roma, restabelecendo os decretos de fluxo com critérios trienais, com algumas vias preferenciais.