Autoridades israelenses disseram que Israel estava se preparando para a possibilidade de alguns dias de luta após o ataque com foguete no sábado em um campo de esportes em uma vila drusa.
Por Redação, com Reuters – de Jerusalém
Israel quer ferir o Hezbollah, mas não arrastar o Oriente Médio para uma guerra total, disseram duas autoridades israelenses nesta segunda-feira, enquanto o Líbano se preparava para retaliação após um ataque com foguete que matou 12 crianças e adolescentes nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel.
Duas outras autoridades israelenses disseram que Israel estava se preparando para a possibilidade de alguns dias de luta após o ataque com foguete no sábado em um campo de esportes em uma vila drusa.
Todas as quatro autoridades, incluindo um oficial sênior da defesa e uma fonte diplomática, falaram sob condição de anonimato e não deram mais informações sobre os planos de retaliação de Israel.
“A estimativa é de que a resposta não levará a uma guerra total”, disse a fonte diplomática. “Isso não seria de nosso interesse neste momento.”
Israel e os Estados Unidos culparam o grupo libanês Hezbollah pelo ataque. O Hezbollah negou qualquer participação.
O incidente aumentou as preocupações de que os meses de hostilidades transfronteiriças entre Israel e o grupo libanês apoiado pelo Irã poderiam se transformar em uma guerra mais ampla e destrutiva.
No domingo, o gabinete de segurança de Israel autorizou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant a decidirem sobre a maneira e o momento da resposta ao ataque.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth citou autoridades não identificadas dizendo que a resposta seria “limitada, mas significativa”.
De acordo com a reportagem, as opções variam de um ataque limitado à infraestrutura, incluindo pontes, usinas de energia e portos, até atingir os depósitos de armas do Hezbollah ou alvejar os comandantes do Hezbollah.
Guerra de Gaza
Provocadas pela guerra de Gaza, as hostilidades entre Israel e o Hezbollah são as piores desde que entraram em guerra em 2006.
O Hezbollah, aliado do grupo palestino Hamas, afirmou que sua campanha de ataques com foguetes e drones contra Israel tem como objetivo apoiar os palestinos e indicou que só cessará o fogo quando a ofensiva de Israel em Gaza for interrompida.
O conflito na fronteira entre Israel e Líbano forçou dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas em ambos os lados.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em uma ligação telefônica com o presidente israelense, Isaac Herzog, nesta segunda-feira, enfatizou a importância de evitar a escalada do conflito, informou o Departamento de Estado dos EUA.
Eles discutiram esforços para chegar a uma solução diplomática para permitir que os cidadãos de ambos os lados da fronteira retornem para casa, e a iniciativa em andamento para alcançar um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns mantidos lá.
A Alemanha pediu a todas as partes envolvidas no conflito do Oriente Médio, em especial o Irã, que evitem uma escalada.