Chamava a atenção dos investidores, ainda, a alta na média móvel de mortes por covid-19, que bateu recorde pelo 11º dia consecutivo. Os 1.572 óbitos calculados na véspera representam uma alta de 39% na comparação com 14 dias atrás.
Por Redação - de São Paulo
O humor dos investidores amanheceu, nesta quarta-feira, melhor do que foi dormir, na noite passada, quando o dólar disparou e o índice Bovespa fechou no vermelho. Tanto que os ativos locais acompanharam o exterior e, no Brasil, surfavam na aprovação da PEC que libera uma nova rodada do auxílio emergencial, em primeiro turno, na Câmara dos Deputados. Havia, ainda, expectativa de que também passe em segundo turno ainda nesta quarta-feira.
Os grandes fundos de investimento também monitoravam o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ele ter voltado a se tornar elegível nesta semana.
— Questão da vacina não é se tem dinheiro ou não, mas é questão de se eu amo a vida ou a morte — disse Lula, o que agradou aos acionistas.
O dólar operava em queda de 1,36%, a R$ 5,7130, às 15h33. No mesmo horário, o Ibovespa apresentava uma leve queda de 0,08%, a 111.235,46 pontos.
Tecnologia
Na Wall Street, as Bolsas de Nova York subiam após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de fevereiro ter vindo em linha com o previsto, e com foco na perspectiva de aprovação final do pacote fiscal, agora na Câmara dos Representantes do país, com destaque para ações de tecnologia.
Às 11h37, Microsoft subia 1,15%, Intel ganhava 1,18%. O Dow Jones subia 0,78%, o S&P 500 avançava 0,60% e o Nasdaq tinha alta de 1,04%. A Bolsa de Frankfurt subia 0,67% e a de Paris avançava 0,85%.
Na Bolsa brasileira, as ações da Petrobrás subiam quase 3% em meio também ao avanço dos preços do petróleo. A commodity chegou a cair, mas retoma força com o dólar mais fraco no exterior após o CPI.
Pandemia
Chamava a atenção dos investidores, ainda, a alta na média móvel de mortes por covid-19, que bateu recorde pelo 11º dia consecutivo. Os 1.572 óbitos calculados na véspera representam uma alta de 39% na comparação com 14 dias atrás. Enquanto isso, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reduziu pela quarta vez a previsão de imunizantes disponíveis para os brasileiros em março: 25 milhões a 28 milhões de doses. Em fevereiro, Pazuello declarou que disponibilizaria 46 milhões de vacinas ao país.
A possibilidade de o governo de São Paulo anunciar nesta semana a migração para a uma nova "fase roxa", com aumento nas medidas de restrição de circulação, no entanto, não chegou a afetar as ações do setor varejista. Segundo analistas, parte do efeito do aperto nas restrições já havia sido precificado na adoção da fase vermelha.
A perspectiva de retorno do auxílio emergencial, por sua vez, e os resultados positivos de empresas com forte presença digital acabaram por neutralizar o efeito negativo, ainda que temporariamente.