Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Inundações causam centenas de mortes no Afeganistão

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Sábado, 11 de Maio de 2024 às 11:12, por: CdB

Primavera anomalamente chuvosa após inverno seco castiga um dos países mais pobres e mais vulneráveis às mudanças climáticas, mas também um dos menos preparados para suas consequências.

Por Redação, com DW – de Baghlan

Inundações repentinas fizeram mais de 200 vítimas na província de Baghlan, no norte do Afeganistão, informou neste sábado a Organização das Nações Unidas, enquanto se realizam os trabalhos de resgate.

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Rios de lama varreram aldeias inteiras, como a de Logariha, em Nahrin

Foi declarado estado de emergência nas regiões onde rios de lama subitamente engoliram milhares de casas e hectares de culturas, informou o Ministério da Defesa afegão. Segundo um funcionário da Organização Internacional para Migração (OIM), mais de 2 mil casas teriam sido destruídas em Baghlan.

O Afeganistão atravessou um inverno muito seco, dificultando a absorção da chuva pelo solo. As inundações desta primavera anormalmente chuvosa afetaram também outras províncias de um dos países mais pobres do mundo e mais vulneráveis às mudanças climáticas, mas também um dos menos preparados para suas consequências, segundo cientistas.

O Ministério da Defesa anunciou que “foram iniciadas operações de distribuição de alimentos, medicamentos e kits de primeiros socorros às vítimas. A Força Aérea começou a retirar os residentes à medida que o tempo melhora”, transferindo mais de uma centena de feridos para hospitais.

Inundações não pouparam nenhuma região do Afeganistão

As mortes se estendem também a outras áreas do Afeganistão. As autoridades de defesa civil da província de Takhar, vizinha de Baghlan, registraram 20 mortos e 14 feridos na sexta-feira. “Além das perdas humanas, estas inundações causaram perdas financeiras gigantescas”, comentou um funcionário daquele departamento.

A enviada dos Estados Unidos para o Afeganistão, Rina Amiri, escreveu nas redes sociais: “Meu coração está com as vítimas das inundações no Afeganistão, que ceifaram muitas vidas humanas e causaram danos significativos”. Ela pediu ao governo talibã “que enfrente a devastação causada pelas mudanças climáticas” no país já depauperado por quatro décadas de guerra.

Praticamente nenhuma região foi poupada: desde meados de abril, as cheias e inundações já causaram numerosas mortes em 10 províncias, além de destruir milhares de casas e submergir muitas terras agrícolas. Dos mais de 40 milhões de afegãos, 80% dependem da agricultura para sua sobrevivência.

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