Somente nos primeiros 25 dias do mês foram registrados 25.934 focos de queimadas na Amazônia, maior número desde 2010. Recorde da série histórica ocorreu em 2005, com 63.764 incêndios.
Por Redação, com DW - de Brasília
A seis dias do final de agosto, a quantidade de incêndios no mês já superou a média histórica dos últimos 21 anos. Segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelados no domingo, foram registrados 25.934 focos de queimadas na Amazônia nos primeiros 25 dias do mês. Os registros são os mais altos desde 2010, quando foram identificados 45.018 focos de incêndio. O pior agosto da série histórica, que reúne dados desde 1998, no entanto, foi em 2005, quando 63.764 focos de queimadas foram registrados. Os números de 2019 estão um pouco acima da média para o mês, de 25.853. O pesquisador Alberto Setzer, do Programa Queimadas, citado pelo portal de notícias G1, avaliou que, como ainda faltam seis dias para o fim do mês, os números de agosto deverão aumentar. No domingo, o governo federal autorizou o uso das Forças Armadas no Acre, Amazonas e Mato Grosso para combater incêndios florestais. Ao todo, sete estados já solicitaram apoio federal nas operações. Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins já haviam feito o pedido no sábado. Segundo o Ministério da Defesa, cerca de 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.