Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Inflação fecha 2021 acima dos dois dígitos e afeta consumo das famílias

A pesquisa mostra que, para 69% dos entrevistados, o aumento nos preços refletiu diretamente em sua alimentação e também na compra de outros produtos de abastecimento doméstico. Outros 42% afirmaram que o impacto mais relevante foi no preço dos combustíveis. 

Quarta, 29 de Dezembro de 2021 às 13:16, por: CdB

A pesquisa mostra que, para 69% dos entrevistados, o aumento nos preços refletiu diretamente em sua alimentação e também na compra de outros produtos de abastecimento doméstico. Outros 42% afirmaram que o impacto mais relevante foi no preço dos combustíveis. 

Por Redação - de São Paulo
Às vésperas de 2022, o ano chega ao fim com a inflação em dois dígitos, a 10,2%, de acordo com a estimativa do Banco Central (BC). Por conta disso, no decorrer deste ano, a cesta de produtos e serviços que mensura o quanto os produtos ficaram mais caros subiu cerca de 10% em média. O aumento de preços, no entanto, não afetam as famílias brasileiras todas da mesma forma. Grande parte da população, no entanto, percebe que a alta dos preços reflete diretamente em seu consumo de alimentos, segundo o Radar Febraban, pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgada nesta quarta-feira.
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A inflação também bateu recorde. Em dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulou uma alta de 10,74% contando os 12 meses anteriores
A pesquisa mostra que, para 69% dos entrevistados, o aumento nos preços refletiu diretamente em sua alimentação e também na compra de outros produtos de abastecimento doméstico. Outros 42% afirmaram que o impacto mais relevante foi no preço dos combustíveis. Para 19% dos entrevistados, a inflação é sentida especialmente no pagamento de serviços de saúde e remédios. Outros 8% afirmaram que sentem os reflexos da inflação nos juros do cartão de crédito. 6% falaram da passagem do transporte público, 5%, no pagamento de serviços de educação, como escolas ou universidades  e 4%, na compra de veículos e imóveis.

Série histórica

Também foi perguntado na pesquisa o que os brasileiros queriam fazer se tivessem em uma melhor situação financeira. A compra de um imóvel foi a resposta principal dos participantes, representando 35% deles. A Febraban informou que esta porcentagem é a mais alta desde o início da série histórica da pesquisa. Na sequência, aparecem os investimentos bancários, falado por 22%, reforma da casa e a aplicação na caderneta de poupança, apontando por 18% cada um. E 17% dos pesquisados disseram que fariam investimentos em educação pessoal e familiar, 13%, contratariam ou melhorariam o plano de saúde, 10% investiriam em viagens; 7% comprariam carro, 3% comprariam moto e 2% comprariam eletrodomésticos e eletrônicos. Durante a pandemia, os gastos dos consumidores em varias categorias cresceram acima da inflação entre os meses de janeiro e novembro de 2021. O setor de comidas e bebidas teve a maior alta, crescendo 49%.
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