Rio de Janeiro, 04 de Maio de 2025

Huawei: EUA podem aprovar licenças para que empresas reiniciem as vendas 

Os fornecedores querem permissão para fornecer suporte de atendimento ao cliente para os chips que eles constroem e vendem no exterior.

Segunda, 15 de Julho de 2019 às 08:35, por: CdB

Os fornecedores querem permissão para fornecer suporte de atendimento ao cliente para os chips que eles constroem e vendem no exterior.

Por Redação, com Reuters - de Washington

Os Estados Unidos podem aprovar licenças para que empresas reiniciem as vendas para a Huawei em apenas duas semanas, de acordo com uma importante autoridade do país, em sinal de que o recente esforço do presidente Donald Trump para aliviar as restrições à empresa chinesa poderia avançar rapidamente.
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Empresas dos EUA podem receber aprovação para voltar a vender para Huawei

Maior fabricante

A Huawei, maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo, foi adicionada a uma lista do Departamento de Comércio em maio que proíbe empresas norte-americanas de fornecer novos produtos e serviços fabricados nos Estados Unidos, a menos que obtenham licenças que provavelmente serão negadas. Mas no final do mês passado, depois de se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping, o presidente Donald Trump anunciou que empresas norte-americanas poderiam vender produtos para a Huawei. E nos últimos dias, o secretário de Comércio Wilbur Ross disse que as licenças seriam emitidas onde não há ameaça à segurança nacional. Dois fabricantes norte-americanos de chips que fornecem a Huawei disseram à agência inglesa de notícias Reuters nos últimos dias que pedirão mais licenças depois dos comentários de Ross. Eles pediram para permanecerem anônimos.

Os fornecedores

Dos US$ 70 bilhões que a Huawei gastou comprando componentes em 2018, cerca de US$ 11 bilhões foram para empresas dos EUA, incluindo a Qualcomm, Intel e a Micron Technology. Os fornecedores querem permissão para fornecer suporte de atendimento ao cliente para os chips que eles constroem e vendem no exterior, ou a aprovação para enviar novos equipamentos fabricados nos EUA para a Huawei e suas subsidiárias em todo o mundo. Ainda assim, não está claro quais produtos receberão licenças. Alguns fornecedores dos EUA buscaram clareza em uma conferência que o Departamento de Comércio realizou em Washington nesta semana. Uma representante de um fabricante foi informada por uma autoridade sênior dos EUA que as licenças poderiam ser concedidas em duas a quatro semanas na conferência na quinta-feira.

As aprovações

A pessoa, que não quis ser identificada, disse que a autoridade não delineou os critérios para as aprovações da licença, mas ela acredita que elas seriam feitas caso a caso, pelo menos no começo, enquanto a agência busca formar opiniões mais amplas. Quando perguntado sobre a orientação do alto funcionário, um porta-voz do Departamento de Comércio disse que a agência está “avaliando atualmente todas as licenças e determinando o que é o melhor interesse de segurança nacional do país”.

Huawei planeja demissões

A Huawei Technologies está planejando demissões significativas nos Estados Unidos à medida que a empresa chinesa de equipamentos de telecomunicações lida com sua lista negra dos EUA, informou o Wall Street Journal, citando fontes familiarizadas com o assunto. As demissões devem afetar os empregos da subsidiária de pesquisa e desenvolvimento da Huawei, a Futurewei Technologies, que emprega cerca de 850 pessoas em laboratórios de pesquisa nos Estados Unidos, informou o jornal. As demissões podem ser na casa das centenas, uma fonte disse ao jornal. Os funcionários chineses da Huawei nos Estados Unidos estavam recebendo a opção de voltar para casa e permanecer na empresa, acrescentou outra pessoa. Alguns funcionários já foram notificados de sua demissão, enquanto mais cortes de empregos planejados podem ser anunciados em breve, disse o jornal. A Huawei não quis comentar quando procurada pela Reuters. Depois que o Departamento de Comércio decidiu colocar a Huawei em sua chamada lista de entidades, os funcionários da Futurewei enfrentaram restrições para se comunicar com seus colegas nos escritórios da Huawei localizados na China, disseram as fontes ao jornal.
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