A Huawei planeja construir uma fábrica de US$ 800 milhões no Estado de São Paulo ao longo dos próximos três anos.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo/Nova York
A Huawei planeja construir uma fábrica de US$ 800 milhões no Estado de São Paulo ao longo dos próximos três anos, disse o governador, à medida que a gigante de telecomunicações chinesa continua a expandir sua presença na América Latina para o descontentamento das autoridades norte-americanas.
Em uma gravação de áudio de uma coletiva de imprensa na China, o governador de São Paulo, João Doria, acompanhado de executivos da Huawei, disse que a empresa está se preparando para construir a fábrica para participar do primeiro leilão do espectro 5G no Brasil, programado para março de 2020.
Fábrica em São Paulo
A Huawei já possui uma fábrica em São Paulo, que emprega 2 mil pessoas diretamente, disse Doria. A Huawei decidirá a localização da próxima fábrica nos próximos meses, com o investimento de 800 milhões de dólares previsto para um período de três anos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu aos governos de todo o mundo que evitem a Huawei, argumentando que seu equipamento pode ser vulnerável à espionagem clandestina chinesa. Até agora, poucos ouviram os alertas.
Trump levantou a questão sobre a Huawei durante uma visita do presidente brasileiro Jair Bolsonaro à Casa Branca em março. Mas o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, disse em junho que o Brasil não tem planos de proibir a Huawei de participar de sua rede 5G, dizendo que o governo confia na empresa e que o país precisa de tecnologia.
Uber
A Uber divulgou receita abaixo do esperado para o segundo trimestre na quinta-feira, derrubando suas ações, já que a companhia não se beneficiou dos efeitos gerados pelo alívio na concorrência.
O prejuízo líquido da companhia subiu para US$ 5,24 bilhões, ou US$ 4,72 por ação, no trimestre encerrado em 30 de junho, de US$ 878 milhões, ou US$ 2,01 por papel, um ano antes. O resultado foi pressionado por US$ 3,9 bilhões em despesas com remuneração de ações relacionadas ao seu IPO no início deste ano.
O presidente-executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, disse que o ambiente competitivo está começando a ficar mais racional e que a companhia está “melhorando progressivamente” desde o primeiro trimestre.
Os custos da Uber subiram 147%, para US$ 8,65 bilhões no trimestre passado, incluindo um aumento acentuado nos gastos com pesquisa e desenvolvimento.
– Enquanto continuamos a investir agressivamente no crescimento, também queremos um crescimento saudável, e neste trimestre fizemos um bom progresso nessa direção – disse o vice-presidente financeiro, Nelson Chai.
A receita total aumentou 14,4%, para US$ 3,17 bilhões ante estimativa média de analistas de 3,36 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
A América Latina foi a única região da empresa a mostrar queda no faturamento no segundo trimestre, de 24%, indo a 417 milhões de dólares, ante 547 milhões no mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, nos EUA e Canadá o faturamento subiu 19%, para 1,77 bilhão de dólares. Na região formada por Europa, Oriente Médio e África a receita subiu 22% e na Ásia-Pacífico houve crescimento de 13 por cento.
No semestre, a América Latina também é a única que mostra recuo na receita, de 19%, para US$ 867 milhões.
A empresa, que ainda não deixou claro se obterá lucro, está tentando convencer os investidores de que o crescimento virá não só de seus serviços de transporte, mas também de outros serviços de logística e entrega de alimentos.
A Uber disse que seus usuários ativos mensais aumentaram para 99 milhões no mundo, de 93 milhões no final do primeiro trimestre e 76 milhões no ano anterior.