Os ataques têm feito com que várias empresas interrompessem as viagens pelo Mar Vermelho e optassem por uma rota mais longa e mais cara ao redor da África. Aviões de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido têm realizado ataques de retaliação no Iêmen.
Por Redação, com Reuters - de Sanaã
Militantes houthis no Iêmen disseram nesta segunda-feira que atacaram o navio de carga Rubymar no Golfo de Áden e que a embarcação agora corre o risco de afundar, elevando as apostas em sua campanha para interromper o transporte marítimo global em solidariedade aos palestinos na guerra em Gaza.
A tripulação está em segurança, disse o porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, em um comunicado. Os houthis também derrubaram um drone norte-americano na cidade portuária de Hodeidah, afirmou ele.
– O navio foi seriamente atingido, o que o fez parar completamente. Como resultado dos danos extensos que o navio sofreu, ele agora corre o risco de afundar no Golfo de Áden – disse Sarea.
O navio de carga com bandeira de Belize, registrado no Reino Unido e operado pelo Líbano, foi atacado no Estreito de Bab al-Mandab, ao largo do Iêmen, no domingo, informou a empresa britânica de segurança marítima Ambrey.
A agência britânica Maritime Trade Operations informou no domingo que a tripulação havia abandonado um navio ao largo do Iêmen após uma explosão, aparentemente o mesmo incidente.
Forças Houthi
As forças Houthi, alinhadas ao Irã, têm feito repetidos ataques com drones e mísseis contra a navegação comercial internacional no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandab, uma rota que representa cerca de 12% do tráfego marítimo mundial, no que dizem ser um apoio aos palestinos na guerra entre Israel e os militantes do Hamas na Faixa de Gaza.
Os ataques têm feito com que várias empresas interrompessem as viagens pelo Mar Vermelho e optassem por uma rota mais longa e mais cara ao redor da África. Aviões de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido têm realizado ataques de retaliação no Iêmen.
A Ambrey disse que o navio estava indo para o norte durante sua viagem de Khor Fakkan, nos Emirados Árabes Unidos, para Varna, na Bulgária, quando ocorreu o ataque.
– O navio parcialmente carregado diminuiu brevemente a velocidade de 10 para seis nós e desviou o curso, entrando em contato com a Marinha do Djibuti, antes de retornar ao seu curso e velocidade anteriores – disse.