Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Homens armados sequestram freiras na Nigéria

Arquivado em:
Segunda, 22 de Agosto de 2022 às 10:28, por: CdB

Nenhum grupo reivindicou a autoria, mas esse foi o mais recente ato de violência em uma região da Nigéria onde as tensões separatistas estão aumentando. Sequestros por gangues criminosas são frequentes no país mais populoso da África.

Por Redação, com ANSA - de Imo

A polícia nigeriana informou que pelo menos quatro freiras católicas foram sequestradas por homens armados no Estado de Imo, no sudeste do país africano.
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Policiais nigerianos durante um protesto em Lagos
Michael Abattam, porta-voz da polícia local, especificou que o sequestro ocorreu no domingo nas proximidades da cidade de Okigwe, enquanto as freiras iam à missa. Nestes casos, a maioria dos reféns é libertada após o pagamento de um resgate, mas alguns já foram assassinados. – Estamos tentando localizar os raptores para libertar as vítimas – revelou Abattam. Nenhum grupo reivindicou a autoria, mas esse foi o mais recente ato de violência em uma região da Nigéria onde as tensões separatistas estão aumentando. Sequestros por gangues criminosas são frequentes no país mais populoso da África, mas nas últimas semanas membros de igrejas cristãs têm sido cada vez mais alvos.

Violência na região

Diversos crimes que aconteceram nos últimos tempos no sudeste do país foram atribuídos ao grupo Povos Indígenas de Biafra (Ibop), que defende um estado separado para pessoas de etnia igbo. Ele, no entanto, negou repetidamente a responsabilidade pela violência na região. Segundo a imprensa nigeriana, mais de 100 policiais e outros agentes de segurança foram mortos desde o início do ano passado em ataques no sudeste da nação. Existem também diversos registros de invasões em penitenciárias, com dezenas de detidos libertados e armas roubadas. O separatismo é um tema muito delicado na Nigéria, pois a declaração de uma República independente de Biafra em 1967 por oficiais do exército Igbo desencadeou uma guerra civil que deixou mais de um milhão de pessoas mortas.
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