Perguntado por jornalistas sobre o fato de o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), manter a promessa de um aumento diferenciado às carreiras policiais – Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário (Depen)— Guedes negou tal possibilidade durante o ano eleitoral, em conformidade com a atual legislação.
Por Redação, com agências de notícias - de Davos, Suíça
Após o adiamento da decisão sobre reajustes do funcionalismo público, o ministro da Economia, empresário Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira que o aumento de 5% para o segmento é o único possível e que seria factível dentro do atual Orçamento. Mas não era bem isso que o governo queria.
Guedes, em Davos, esteve com a agenda cheia, entre encontros com seus pares e entrevistas coletivas
— O presidente gostaria de dar aumento aos policiais mas não pode, é visto como aliciamento — afirmou Guedes a jornalistas durante o encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos, do qual participa.
Inflação
Perguntado por jornalistas sobre o fato de o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), manter a promessa de um aumento diferenciado às carreiras policiais – Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário (Depen)— Guedes negou tal possibilidade.
— Você pode até dar alguma coisa, mas esquece o que ficou para trás. Você acha que na Alemanha, nos Estados Unidos… Perdas acontecem. Todo mundo perdeu no mundo inteiro. Daqui para frente é preciso manter? A inflação acumulada neste ano é de 5% até agora. É possível repor o funcionalismo deste ano? Sim, é possível, até 5% dá. É por lei, em ano eleitoral você só pode dar até a inflação e linear — observou.
Os servidores têm pressionado o governo por um reajuste igual ou maior do que a inflação. Bolsonaro, porém, tem promovido uma série de idas e vindas sobre o assunto, principalmente quanto às carreiras policiais.
Recomposição
O governo, em meio à discussão quanto ao reajuste, parcelou o corte no Orçamento, reservando R$ 9,9 bilhões até a sexta-feira e deixando para fazer em julho um bloqueio adicional de cerca de R$ 5 bilhões para acomodar uma recomposições de 5% a todos os servidores mais um aumento diferenciado para categorias policiais.
Nesta manhã, Guedes falou a um pequeno grupo de representantes governamentais e empresários das Américas e da Ásia-Pacífico durante encontro para debater a relação comercial entre as duas regiões. O representante da Indonésia, país atualmente na presidência do G20, mostrou especial interesse em estreitar laços, sobretudo em soluções para a crise climática e o mercado de crédito de carbono.
Guedes tem repetido que os países desenvolvidos deveriam pagar pela manutenção das florestas tropicais, dada a dificuldade de monitoramento. A medida, se concretizada, beneficiaria os dois países, donos das maiores florestas do tipo no mundo. O ministro se reúne nesta terça com outro interessado na ideia: o presidente da Colômbia, Iván Duque, cujo governo está prestes a terminar. No fim da tarde, Guedes encontrou os ministros da Economia e de Investimentos da Arábia Saudita, terceiro maior produtor global de petróleo.
