A visita marca o início de um novo projeto da companhia, que vai abrir as portas de suas unidades para receber todos que estejam interessados em conhecer suas instalações. Além da fábrica, uma vez por mês as pessoas poderão se inscrever para conhecer a Oficina de Tronco.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
Um grupo de pessoas com deficiência atendidas pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria de Pessoa com Deficiência, vai conhecer, nesta sexta-feira, a Fábrica Aleixo Gary, da Comlurb, em Campo Grande, responsável pelo reaproveitamento e fabricação de diversos equipamentos e utensílios usados na limpeza urbana, como contêineres, papeleiras, pás e vassouras.
A visita marca o início de um novo projeto da companhia, que vai abrir as portas de suas unidades para receber todos que estejam interessados em conhecer suas instalações. Além da fábrica, uma vez por mês as pessoas poderão se inscrever para conhecer a Oficina de Troncos, o Centro de Pesquisas e Controle de Vetores e o EcoParque do Caju.
O presidente da Comlurb, Flávio Lopes, ficou feliz em iniciar o projeto em parceria com a secretária municipal de Pessoa com Deficiência, Helena Werneck. Ele diz que a visita dos jovens e adultos do eixo de empregabilidade à Fábrica Aleixo Gary é uma excelente oportunidade de aprendizado e desenvolvimento, pois possibilita a concretização de muitos conceitos subjetivos, como reciclagem, reutilização, atividades fabris, linha de montagem, sustentabilidade, entre outros:
– Estamos criando esse projeto para abrir as portas da Comlurb para os cariocas conhecerem de perto algumas das nossas instalações e como se desenvolvem as atividades nesses locais, tendo como premissa básica o foco no reaproveitamento de materiais e a sustentabilidade. Quando soube que a secretária Helena gostaria de levar um grupo para conhecer a nossa fábrica, apoiei na mesma hora, e pedi para que o pontapé do projeto fosse dado com as pessoas indicadas pela secretária – afirmou Flávio Lopes.
Helena Werneck também ressaltou a importância da parceria com outros órgãos da Prefeitura, para que as ações desenvolvidas sejam ainda mais potentes e abrangentes.
– Os projetos desenvolvidos pela Comlurb são um orgulho para a nossa cidade. Desejamos que os usuários da SMPD conheçam de pertinho, entendam sua importância e possam se tornar porta-vozes e, principalmente, replicadores das boas práticas desse órgão – explicou.
Complexa topografia da cidade do Rio
Tendo em vista a complexa topografia da cidade do Rio, com relevo acidentado, com a conjunção de montanhas, comunidades planas e morros, com becos e vielas, e praias, a Comlurb adapta e fabrica equipamentos especiais para atuação em regiões com tantas peculiaridades. A fábrica conta hoje com 103 funcionários. Até 1985, apenas produzia as peças, mas desde 2010 deixou de ser apenas fabricador de utensílios e passou a se direcionar para reciclagem e reaproveitamento de materiais. Hoje, além da vassoura dos garis, criação da própria fábrica, e dos cestos de praia, itens como ferramentas, carrinho de mão, rastelo, caixa metálica, contêineres, ancinho para limpeza da areia e quadro de tela usado como proteção durante o corte do mato são fabricados ou reparados na fábrica.
Um dos produtos criados na fábrica é o papão, espécie de pá usada no recolhimento de lixo durante o serviço de varrição em ruas, praças e parques. É feito com partes das papeleiras vandalizadas que iam para o lixo e passaram a ser usadas na produção do novo utensílio de limpeza. Os brinquedos das praças, feitos de madeira plástica, material reciclado, também ganham forma na fábrica; assim como a pintura deles. Quando precisa de uma cor que não tem para pintar algum brinquedo, o serviço não para, a própria fábrica faz a mistura de cores.