O Estádio Olímpico, com 70 mil lugares, recebe grandes eventos esportivos durante todo o ano, incluindo a Liga dos Campeões da Uefa, e shows com ingressos esgotados, como o Guns N' Roses, no último verão.
Por Redação, com Reuters - de Atenas
Autoridades gregas fecharam o maior estádio esportivo do país devido a preocupações com a estabilidade de sua cúpula de aço, um marco arquitetônico construído para os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.
O Estádio Olímpico, com 70 mil lugares, recebe grandes eventos esportivos durante todo o ano, incluindo a Liga dos Campeões da Uefa, e shows com ingressos esgotados, como o Guns N' Roses, no último verão.
As autoridades disseram na sexta-feira que todas as atividades estarão interrompidas indefinidamente depois que um estudo constatou que a cobertura do estádio, assim como o da única pista de ciclismo do país nas proximidades, "não atende aos níveis legalmente permitidos de adequação estática".
Ambos os locais estão no Centro Atlético Olímpico de Atenas (OAKA), o maior complexo esportivo da Grécia, que sediou os Jogos de 2004, mas vem se deteriorando desde então.
Depois de se reunir com autoridades esportivas, incluindo o Comitê Olímpico Helênico no domingo, o ministro dos Esportes Yiannis Vroutsis disse que a decisão de fechar as instalações foi "dolorosa" e que esforços estavam sendo feitos para encontrar a melhor solução para "onde bate o coração dos esportes gregos".
Complexo olímpico
O governo conservador, que foi eleito para um segundo mandato de quatro anos em julho, tem enfrentado críticas pelo estado de deterioração do complexo olímpico. Ele havia prometido reformá-lo em 2021 e encomendou um estudo sobre o estado de suas instalações.
Em um vídeo na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter, Stefanos Kasselakis, o recém-eleito líder da oposição de esquerda Syriza, chamou o local de "símbolo de um país que está entrando em colapso em todos os níveis; um Estado que deixa tudo e todos à própria sorte".
Em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, o porta-voz do governo Pavlos Marinakis defendeu o Estado, dizendo que "o governo do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, que decidiu avaliar essas instalações...é o que está sendo repreendido pela oposição".