Entre os bancos de menor porte, o Daycoval, o PagBank, Nubank e C6 não responderam ainda, enquanto o BMG adiantou que não tem uma decisão tomada, nem pretende se pronunciar quanto à iniciativa. Em nota pública, mais cedo, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) adianta que participou das negociações com o governo.
Por Redação - de Brasília
Quatro dos principais bancos brasileiros confirmaram, nesta sexta-feira, a participação no programa Desenrola Brasil, lançado no início da semana, que tem como objetivo a renegociação de dívidas de pessoas físicas. Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander divulgaram a intenção de ingressar no programa até o início do mês de julho. Caixa Econômica Federal, Mercantil, Inter e Banrisul divulgaram que aguardam a regulamentação da medida, a ser publicada em breve pelo Ministério da Fazenda.
Entre os bancos de menor porte, o Daycoval, o PagBank, Nubank e C6 não responderam ainda, enquanto o BMG adiantou que não tem uma decisão tomada, nem pretende se pronunciar quanto à iniciativa. Em nota pública, mais cedo, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) adianta que participou das negociações com o governo e elogiou o programa.
— A Febraban acredita que o programa Desenrola tem potencial para que o crédito possa continuar a ser concedido de forma segura e dentro das necessidades dos tomadores — disse o presidente da instituição, Isaac Sidney, a jornalistas.
Débito
O ‘Desenrola’, como já é popularmente conhecido, oferece duas faixas de renegociação aos inadimplentes. Na faixa 1, serão renegociadas as dívidas de até R$ 5 mil, para cidadãos com nome no cadastro de inadimplentes desde 31 de dezembro de 2022 e que receba até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou esteja cadastrado no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Na faixa 2, a pessoas com dívidas no banco terá possibilidade de renegociar o débito diretamente com a instituição financeira. A expectativa do governo é começar o programa em julho e que mais de 70 milhões de pessoas possam ser beneficiadas, renegociando até R$ 100 bilhões em dívidas.
Princípios
Entre as condições para a inclusão do banco no programa está a retirada do nome do cliente que tem dívidas de até R$ 100 da lista de inadimplentes. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida não representa um perdão da dívida, mas sim uma forma de permitir que o devedor possa participar do programa estatal.
— O banco vai tirar o nome dela de lá, não vai colocar mais e não vai fazer cobrança ativa dessa dívida. Os bancos não chamam isso de perdão porque é contra os princípios bancários, mas, na prática, a dívida não vai ser cobrada — resumiu o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, em entrevista ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta manhã.
O governo espera que 1,4 milhão de pessoas estejam aptas a ingressar no ‘Desenrola’.