Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Governo da Ucrânia recebe primeiro lote de caças F-16

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Segunda, 05 de Agosto de 2024 às 12:48, por: CdB

Presidente ucraniano saudou a “nova fase de desenvolvimento da Força Aérea ucraniana”, mas salientou que mais caças são necessários para “fechar o céu ucraniano” contra ataques russos.

Por Redação, com DW – de Kiev

Ucrânia recebeu seu primeiro lote dos tão aguardados caças F-16 de fabricação americana, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no domingo. Em vídeo distribuído através da rede X, ele anunciou “uma nova fase de desenvolvimento da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia, de aviação de combate ocidental”.

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Zelensky apresenta os primeiros caças F-16 para a Força Aérea Ucraniana

– Muitas vezes ouvimos a palavra “impossível” em resposta, mas tornamos possível o que era nossa ambição, nossa necessidade de defesa, e agora – é uma realidade em nosso céu. F-16s na Ucrânia. Nós fizemos isso acontecer – disse Zelensky, enquanto alguns aviões de combate sobrevoavam no céu.

– Estou orgulhoso de todos os nossos homens que estão dominando essas aeronaves e já começaram a usá-las para o nosso país – disse ele no vídeo divulgado no domingo. A data tem sido celebrada como o Dia da Força Aérea ucraniana.

Zelensky falava em frente ao que pareciam ser dois F-16 de cor cinza, parcialmente cobertos, com a marca do tridente ucraniano visível, em um local que os repórteres foram solicitados a não divulgar por motivos de segurança.

Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem implorado a seus parceiros ocidentais pela aeronave, há muito tempo no topo da extensa lista de equipamentos militares que Kiev buscava. A força aérea ucraniana há muito tempo conta com uma frota de jatos MIG-29 e Sukhoi da era soviética, que vêm sofrendo cada vez mais pressão após mais de dois anos de missões de combate.

Quantidade de caças não especificada

O presidente ucraniano não especificou quantos caças foram entregues, nem que funções eles irão desempenhar durante a guerra, mas tratou de rapidamente sublinhar que um maior número deles é necessário para “fechar o céu ucraniano” e combater as forças russas.

– Até o momento, o número de F-16s disponíveis na Ucrânia e o número de pilotos já treinados não são suficientes – disse ele. 

Jornalistas da agência francesa de notícias AFP presentes no evento afirmam ter visto pelo menos dois F-16 no local. Relatos da imprensa ocidental, no entanto, indicaram recentemente que 10 caças F-16 foram entregues à Ucrânia até o momento.

Zelensky também não informou de que país partiu este primeiro lote de caças, mas relatos da imprensa americana afirmam que as armas e os equipamentos para os jatos virão dos Estados Unidos.

Holanda, Dinamarca, Noruega e Bélgica, juntas, prometeram à Ucrânia mais de 60 caças fabricados nos EUA e assumiram o treinamento dos pilotos ucranianos. A quantidade, porém, ainda está bastante aquém dos cerca de 130 F-16s que Zelensky disse precisar durante uma entrevista em maio para garantir a paridade com o poder aéreo russo. 

– A boa notícia é que estamos esperando mais F-16s – garantiu ele no domingo.

Impacto no desdobramento da guerra ainda é incerto

O anúncio foi bem recebido por muitos, já que as forças de Kiev estão lutando para conter os avanços das tropas russas. De acordo com especialistas militares ucranianos, é improvável, porém, que os F-16s sejam usados em combate aéreo direto com aeronaves russas na linha de frente, pois a Rússia construiu uma densa rede de defesa aérea.

Além disso, recentes ataques aos aeródromos ucranianos também levantaram dúvidas sobre a capacidade de Kiev de proteger os aviões multimilionários dos ataques russos. No início de julho, por exemplo, a Rússia alegou ter destruído cinco jatos militares durante uma barragem em uma base aérea no centro da Ucrânia.

Após o bombardeio, correspondentes militares ucranianos criticaram a cúpula da força aérea, dizendo que os aviões no campo de pouso estavam estacionados ao ar livre sem proteção suficiente.

Na semana passada, a Rússia já havia alertado que qualquer F-16 entregue à Ucrânia seria abatido, minimizando seu impacto no campo de batalha.

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