Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2024

Governo do Japão quer reativar a maior usina nuclear do mundo

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Quinta, 28 de Dezembro de 2023 às 12:27, por: CdB

Planta Kashiwazaki-Kariwa, da Tepco, não opera mais desde 2012 por questões de segurança. Com a revogação do impedimento, funcionamento da unidade agora só depende de uma permissão das autoridades locais.


Por Redação, com Sputnik - de Tóquio


A agência reguladora nuclear do Japão anunciou na quarta-feira que revogou a proibição de operação emitida contra a usina de Kashiwazaki-Kariwa da Tokyo Electric Power (Tepco), a maior do mundo em termos de capacidade.




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Empresa por trás da Kashiwazaki-Kariwa (foto) é a mesma que operava Fukushima

Com a medida, a operação da usina, parada desde 2012 por questões de segurança, agora só depende da autorização de autoridades locais na província de Niigata, na cidade de Kashiwazaki e na vila de Kariwa.


A Tepco quer reativar a planta para atenuar seus altos custos operacionais.



Por que a usina foi embargada?


A usina de Kashiwazaki-Kariwa tem capacidade de 8.212 megawatts e era a única estação de energia atômica operável da Tepco.


A unidade foi desativada após o desastre de Fukushima, em março de 2011, que levou ao desligamento de todas as usinas nucleares no Japão.


A Autoridade Reguladora Nuclear do Japão (NRA) afirma que a decisão de suspender o embargo se dá após mais de 4.000 horas de inspeção nas instalações da usina.


Antes, em 2021, a NRA havia proibido a operação da usina alegando violações de segurança e medidas antiterrorismo insuficientes, tais como falha na proteção de materiais nucleares e o acesso não autorizado de um funcionário a áreas sensíveis da planta.



Combustível de urânio


Na época, a agência emitiu uma ordem impedindo a Tepco de transportar novo combustível de urânio até a usina ou abastecer seus reatores com hastes de combustível.


"O governo buscará a compreensão e cooperação da província de Niigata e das comunidades locais, enfatizando 'a segurança em primeiro lugar'", disse um porta-voz do governo japonês.


Após a decisão, a Tepco afirmou que continuará trabalhando para conquistar a confiança da comunidade local e da sociedade em geral.


No dia anterior, um tribunal de Tóquio decidiu que a empresa, a única operadora da usina nuclear de Fukushima destruída pelo tsunami, terá que indenizar dezenas de moradores que tiveram que ser evacuados da região.


O Japão tem tentado reativar todas as usinas nucleares que atendam aos critérios de segurança, a fim de reduzir sua dependência de combustíveis fósseis vindos do exterior. Em alguns casos, parte da população local e dos órgãos reguladores tem se oposto a essa estratégia.




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