O ministro da Defesa destacou que o Exército israelense luta respeitando o direito internacional, embora suas ações em Gaza, onde morreram mais de 35,5 mil palestinos, tenham sido a principal questão que colocou Gallant sob os olhos do TPI.
Por Redação, com EFE – de Jerusalém
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou nesta terça-feira nas redes sociais que o seu país “não faz parte” e “não reconhece” a autoridade do Tribunal Penal Internacional (TPI), cujo procurador pediu mandados de prisão para ele e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ontem por “crimes de guerra”.
– O paralelo que ele traçou – disse, referindo-se ao promotor Karim Khan, “entre a organização terrorista Hamas e o Estado de Israel é desprezível”, criticou Gallant na rede social X, ex-Twitter.
O ministro da Defesa destacou que o Exército israelense luta respeitando o direito internacional, embora suas ações em Gaza, onde morreram mais de 35,5 mil palestinos, tenham sido a principal questão que colocou Gallant sob os olhos do TPI.
Gallant classificou de “desprezível” o pedido de Khan, que por sua vez solicitava mandados de prisão para três líderes do Hamas.
– Como ministro da Defesa, apoio e felicito as nossas tropas, que defendem o nosso povo e cumprem o extraordinário privilégio e obrigação de nos defendermos – destacou.
No texto, Gallant acusou Khan de tentar “distorcer” os fatos, além de negar a Israel o direito de se defender e de buscar a libertação de reféns em Gaza.
Mandados de prisão
Os mandados de prisão, dirigidos às autoridades israelenses e do Hamas, levantaram críticas de ambos os lados, indignados com os aparentes paralelos entre os dois lados.
Khan solicitou a prisão de Benjamin Netanyahu; de Yoav Gallant; bem como o chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar; o comandante-chefe das Brigadas Al-Qassam, Mohamed Deif; e o chefe do gabinete político da organização islâmica, Ismail Haniyeh, autoexilado no Qatar.