Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Governo israelense diz ter matado comandante da Jihad Islâmica

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Quinta, 29 de Agosto de 2024 às 14:39, por: CdB

Os militares disseram que mataram Muhhamad Jabber, conhecido como Abu Shujaa, o chefe de uma rede de combatentes no campo de refugiados adjacente de Nur Shams.

Por Redação, com Reuters – de Jerusalém

Tropas israelenses mataram um comandante local da Jihad Islâmica, um movimento apoiado pelo Irã, na Cisjordânia, e quatro outros militantes nesta quinta-feira, em uma troca de tiros durante um dos maiores ataques no território ocupado por Israel nos últimos meses.

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Israel diz ter matado comandante da Jihad Islâmica em tiroteio em mesquita na Cisjordânia

Os militares disseram que mataram Muhhamad Jabber, conhecido como Abu Shujaa, o chefe de uma rede de combatentes no campo de refugiados adjacente de Nur Shams, durante uma “significativa troca de tiros” em torno de uma mesquita na cidade de Tulkarm, na qual outros quatro combatentes palestinos também foram mortos.

A divisão de Tulkarm do braço armado da Jihad Islâmica confirmou a morte, o que elevou o número total de palestinos mortos nos últimos dois dias para 17, e disse que os combatentes atacaram as forças israelenses perto da mesquita de Abu Ubaida.

A operação começou na madrugada de quarta-feira, com centenas de israelenses apoiados por helicópteros, drones e veículos blindados de transporte invadindo as cidades de Tulkarm, Jenin e áreas no Vale do Jordão.

Também houve uma interrupção completa da rede da Jawwal, uma das duas principais empresas de telecomunicações nos territórios palestinos de Gaza e da Cisjordânia, de acordo com uma testemunha da agência inglesa de notícias Reuters.

Mais cedo, em Jenin, escavadeiras israelenses percorriam ruas vazias e cheias de lixo, enquanto o som dos drones percorria o céu.

As tropas revistaram ambulâncias nas ruas e em frente ao principal hospital de Jenin, que teve seu acesso bloqueado na quarta-feira para evitar que os combatentes buscassem refúgio naquele local.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o lançamento de operações militares em larga escala por Israel era “profundamente preocupante” e pediu uma interrupção imediata.

Em resposta, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse que as operações tinham um objetivo claro: “Evitar o terror iraniano terceirizado que prejudicaria civis israelenses”.

Os confrontos com as forças israelenses na Cisjordânia aumentaram desde o início da guerra de Israel contra os militantes do Hamas em Gaza, há quase 11 meses.

Mais de 660 pessoas – combatentes e civis – foram mortas, de acordo com os registros palestinos, algumas delas por colonos judeus que realizam frequentes ataques no estilo de vigilantes às comunidades palestinas da Cisjordânia.

Escalada dos confrontos

Israel afirma que o Irã fornece armas e apoio a facções militantes na Cisjordânia e, como resultado, o os militares israelenses intensificaram suas operações no local.

Referindo-se à mais recente operação, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse em uma publicação no X durante a noite: “Esta é uma guerra em todos os sentidos, e devemos vencê-la”.

Ele acusou o Irã de trabalhar para desestabilizar a Jordânia e estabelecer uma frente oriental contra Israel, como fez em Gaza e no Líbano, onde Israel tem trocado tiros quase diários com militantes do grupo iraniano Hezbollah.

Katz disse que, para enfrentar a ameaça de uma frente oriental, Israel teria que usar “todos os meios necessários, inclusive, em casos de combate intenso, permitir que a população se retire temporariamente de um bairro para outro para evitar danos aos civis”.

Na Faixa de Gaza, as ordens de retirada deslocaram quase todos os 2,3 milhões de habitantes do enclave costeiro várias vezes, dando origem a fome e doenças mortais.

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