Uma separação britânica da União Europeia sem um acordo pode atrasar as travessias comerciais pelo Canal da Mancha, dificultando as remessas de remédios e alimentos frescos.
Por Redação, com Reuters - de Londres
Uma separação britânica da União Europeia sem um acordo pode atrasar as travessias comerciais pelo Canal da Mancha, dificultando as remessas de remédios e alimentos frescos, enquanto protestos se espalhariam por todo o Reino Unido, de acordo com a projeção mais pessimista divulgada pelo governo nesta quarta-feira. As suposições da “Operação Martelo Amarelo” preparadas seis semanas atrás, poucos dias depois de Boris Johnson se tornar primeiro-ministro, formam a base do planejamento do Reino Unido para uma saída sem acordo. Os cenários foram divulgadas por exigência dos parlamentares que acusam o governo Johnson de esconder o impacto desastroso de uma eventual desfiliação sem um pacto, e podem agravar a tensão política enquanto o país ruma para o dia 31 de outubro, prazo para o rompimento com a UE. O documento disse que a preparação dos setores público e privado para tal cenário provavelmente seria baixa, em parte por causa da confusão política às vésperas do Brexit. Inicialmente, os caminhões podem ter que esperar até dois dias e meio para cruzar o Canal da Mancha. “Certos tipos de suprimentos de alimentos frescos diminuirão”, disse o documento. “Existe o risco de compras feitas por pânico causarem ou exacerbarem transtornos no suprimento... protestos e contraprotestos ocorrerão em todo o Reino Unido”. Johnson diz que o país sairá no prazo, com ou sem um acordo. Parlamentares da oposição que se apropriaram da agenda legislativa na semana passada aprovaram uma lei que obriga o premiê a pedir um adiamento a menos que acerte um pacto com o bloco para evitar o caos.