A empresa, que já anunciou sua intenção de fechar a plataforma no ano passado, tinha indicado que o fechamento aconteceria em abril, mas a data ainda era uma incógnita.
Por Redação, com EFE - de São Francisco
A multinacional norte-americana Google anunciou na quinta-feira que o fechamento final de sua rede social no Google+ ocorrerá no dia 2 de abril de 2019, pondo fim a um projeto que nasceu com o objetivo de competir com o Facebook, mas que nunca chegou a se consolidar entre os internautas.
A empresa, que já anunciou sua intenção de fechar a plataforma no ano passado, tinha indicado que o fechamento aconteceria em abril, mas a data ainda era uma incógnita.
Em novembro do ano passado, os funcionários do Google detectaram uma nova falha de segurança (somando a outra encontrada anteriormente) que expôs informações privadas de 52,5 milhões de usuários da Internet, contribuindo para precipitar a decisão de encerrar a rede social.
Os dados pessoais dos usuários que ficaram expostos a desenvolvedores por erro naquela ocasião (mesmo se o usuário tivesse a conta definida como privada) foram seus nomes, endereços de e-mail, profissão e idade.
Os dados permaneceram expostos entre o dia 7 de novembro (data na qual Google lançou uma atualização de software responsável pela falha) e o dia 13 do mesmo mês, seis dias depois, quando a empresa encontrou o erro e acertou.
A companhia disse que não estava ciente de que roubos de informações por terceiros haviam ocorrido durante esse período, mas em qualquer caso os dados foram expostos durante esses seis dias.
Facebook alcança lucro
O Facebook informou na quarta-feira que em 2018 alcançou os maiores lucros da sua história e viu como o número de internautas na sua plataforma segue crescendo, tudo isso apesar de ter vivido um ano cheio de polêmicas que abalaram a empresa do início ao fim.
A empresa dirigida por Mark Zuckerberg já tem 1,523 bilhão de usuários diários ativos no mundo todo e 2,320 bilhões de internautas mensais ativos, o que significa que cerca de um terço da humanidade se conecta ao Facebook pelo menos uma vez ao mês.
Um dos aspectos mais relevantes dos resultados financeiros apresentados nesta quarta-feira pela empresa de Menlo Park, na Califórnia, é que voltou a dar sinais de crescimento em dois mercados, América do Norte e Europa, onde nos últimos tempos tinha se estagnado.
No caso dos Estados Unidos e do Canadá, por exemplo, onde o Facebook não tinha aumentado a cifra de internautas durante os primeiros nove meses do ano, a rede social ganhou um milhão de novos usuários diários no último trimestre.
Na Europa, onde a tendência dos últimos tempos tinha sido inclusive de baixa (estava perdendo internautas diários), a companhia subiu no final de 2018 até alcançar 282 milhões de usuários, igualando assim seu recorde histórico no continente.
Os maiores incrementos, no entanto, aconteceram nas áreas onde a companhia tem mais potencial para crescer: a região da Ásia e do Pacífico, e o que a empresa chama de "resto do mundo", fundamentalmente África, Oriente Médio e América Latina.
Em média, a companhia de Zuckerberg ganhou US$ 7,37 ao trimestre por cada internauta com conta do Facebook, embora esta quantia varie consideravelmente desde os US$ 34,86 de EUA e Canadá aos US$ 2,11 de África, Oriente Médio e América Latina.
No total, o Facebook fechou o seu ano fiscal de 2018 com lucros líquidos de US$ 22,112 bilhões, o que representou um aumento de 39% em relação ao ano anterior.
O negócio de publicidade nos aplicativos para telefones celulares de propriedade do Facebook seguiu crescendo e já representa 93% do total da receita por publicidade da companhia, acima do 89% que representava em 2017.
Tudo isso em um dos anos mais complicados já vividos pela companhia, cujos problemas explodiram em março, quando foi revelado que a empresa de consultoria britânica Cambridge Analytica utilizou um aplicativo para compilar milhões de dados de usuários do Facebook sem o seu consentimento com fins políticos.
A empresa tinha se servido de dados da rede social mais utilizada do mundo para elaborar perfis psicológicos de eleitores que supostamente venderam, entre outros, para a campanha do agora presidente norte-americano, Donald Trump, durante as eleições de 2016.
O escândalo foi maiúsculo: as ações do Facebook desabaram na bolsa, Zuckerberg teve que pedir desculpas publicamente e se explicar no Congresso dos EUA e representantes políticos em várias partes do mundo alertaram sobre a necessidade imediata de regulação.
Meses mais tarde, em outubro, a rede social admitiu que hackers roubaram dados pessoais de 30 milhões de contas.
Estes dois casos foram os mais famosos, mas 2018 foi um ano no qual a plataforma foi notícia por um ou outro escândalo quase a cada semana, sendo um dos mais recentes a publicação por parte do jornal The New York Times de que a chefe de operações da companhia, Sheryl Sandberg, ordenou aos seus funcionários que averiguassem os interesses financeiros do magnata George Soros.
Em sua tradicional mensagem de fim de ano no último dia 28 de dezembro, Zuckerberg disse que, apesar das controvérsias, está "orgulhoso do progresso" alcançado pela companhia que ele fundou com seus companheiros de universidade e que na próxima segunda-feira completará 15 anos de existência.