Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Google anuncia que demitirá 12 mil funcionários

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Sexta, 20 de Janeiro de 2023 às 09:45, por: CdB

Na carta aos empregados, Sundar Pichai, CEO do Google, explica que a mudança da realidade econômica não condiz com a quantidade de empregados de hoje. Agora, das grandes empresas de tecnologia, somente a Apple não realizou um layoff.

Por Redação, com Tecnoblog - de São Francisco

A Alphabet, empresa dona do Google, anunciou nesta sexta-feira que irá demitir 12 mil funcionários em todo o mundo.

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Alphabet é mais uma Big Tech a anunciar demissão em massa desde 2022

Na carta aos empregados, Sundar Pichai, CEO do Google, explica que a mudança da realidade econômica não condiz com a quantidade de empregados de hoje. Agora, das grandes empresas de tecnologia, somente a Apple não realizou um layoff.

De acordo com o TechCrunch, o número de funcionários que serão cortados representa 6% da força de trabalho da Alphabet. No comunicado, Pichai explica que os futuros ex-empregados nos Estados Unidos serão os primeiros a receberem as suas cartas de demissão. A demora em comunicar os funcionários nos outros países se deve ao tempo para adequar as propostas com base nas leis locais.

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Na carta aos funcionários, Pichai explica que o grande crescimento e alta taxa de contratação do Google nos últimos dois anos, alavancados pelo crescimento do home office com a pandemia, é diferente da realidade econômica atual. O problema afeta praticamente toda big tech desde então, somado é claro com os outros fatores da economia global, como a Guerra da Rússia contra a Ucrânia e a cansativa escassez de chips, apenas para citar alguns.

Pichai também destaca que a empresa tem uma "grande oportunidade" na sua frente graças a sua missão, valores dos produtos e serviços e primeiros investimentos em inteligência artificial. "Para conquistar isso completamente, precisamos fazer escolhas difíceis", diz o CEO do Google. Pichai diz que a empresa eliminará as funções que não estão alinhadas com as principais prioridades da companhia. Ele informa também que os cortes acontecerão por toda a Alphabet e em diferentes níveis de cargos, em outras palavras, gerentes e diretores podem passar pelo facão.

No comunicado, Pichai também explica todos os benefícios e compensações que serão pagos aos funcionários vítimas do "passaralho". Entre eles está seis meses de plano de saúde, suporte para empregados imigrantes e pagamentos de bônus e férias restantes de 2022.

"Realidade econômica atual" bateu em todo mundo

Mas, o que quer dizer essa diferença de realidade econômica atual? Quando as medidas restritivas para conter o covid surgiram, as pessoas passaram a comprar mais eletrônicos para trabalhar de casa. Por consequência, com mais tempo livre dentro de casa, a internet era o principal entretenimento.

Como mostrar anúncio é a praia do Google, a soma entre home office e confinamento fez com que os ads atingissem mais pessoas. Um ponto para o crescimento. O YouTube também passou a ocupar mais espaço como conteúdo. Porém, com o aumento da vacinação e redução dos casos de covid-19, as pessoas voltaram a socializar saindo de casa, não no metaverso.

Falando em metaverso, o efeito foi similar nas empresas de Mark Zuckerberg, com o agravo de investir forte no metaverso e mudanças de política de anúncios na Apple, que também afetou o Google e praticamente todas as empresas.

Nos primeiros meses de pandemia, as pessoas também investiram mais em eletrônicos, assistentes virtuais, TVs, robôs aspiradores e outros eletrodomésticos. Ao ficar mais em casa, as pessoas buscavam praticidade e cuidar mais do "seu cantinho".

Aqui a Amazon e Alexa brilharam. Mas chegou um momento que isso parou porque os preços subiram e poucos trocam uma TV de 2 anos. Sobre os saltos nos preços, meu monitor de R$ 400 em maio de 2020 pulou para R$ 800 em 2021.

Ainda nos eletrônicos e home office, na quarta-feira a Microsoft anunciou o seu passaralho de 10 mil funcionários. Parecido com o caso da Amazon, quase ninguém vai trocar um PC/notebook comprado em 2020 para trabalhar de casa e usar para entretenimento. Todas as outras empresas citadas também fizeram demissões em massa.  

No momento, apenas a Apple não realizou um layoff, vamos ficar de olho. O caso do Twitter, que demitiu 50% dos funcionários não é totalmente um reflexo dessa estagnação das big techs. Antes mesmo de Elon Musk comprar a rede social e cortar 3,7 mil empregados, já se falava em demissão em massa na empresa.

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