Chiles disse que ficou arrasada com a notícia do último fim de semana de que havia perdido o terceiro lugar na prova de solo depois que a Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu a favor de um recurso de Ana Maria Barbosu.
Por Redação, com Reuters – de Washington
A ginasta norte-americana Jordan Chiles não desistiu da medalha de bronze individual que ganhou nos Jogos Olímpicos de Paris e que foi posteriormente retirada por violação de uma regra processual.
Chiles disse que ficou arrasada com a notícia do último fim de semana de que havia perdido o terceiro lugar na prova de solo depois que a Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu a favor de um recurso de Ana Maria Barbosu, que posteriormente recebeu o bronze.
– Não tenho palavras. Essa decisão parece injusta e é um golpe significativo não apenas para mim, mas para todos que defenderam minha jornada – escreveu Chiles, de 23 anos, em um post no Instagram. “Para aumentar a tristeza, os ataques raciais nas mídias sociais são errados e extremamente prejudiciais. Eu me dediquei de corpo e alma a esse esporte e tenho muito orgulho de representar minha cultura e meu país.”
A romena Barbosu e sua equipe recorreram à CAS, alegando que uma consulta feita pela equipe dos EUA sobre os resultados do exercício de solo, que levou à revisão da pontuação inicial de Chiles, foi registrada quatro segundos após o prazo de um minuto permitido pela Federação Internacional de Ginástica.
O sucesso do recurso romeno significou que a pontuação de Chiles foi reduzida e ela saiu do terceiro lugar, atrás da vencedora brasileira Rebeca Andrade e da medalhista de prata Simone Biles, sua colega de equipe norte-americana.
Medalha de bronze
Barbosu recebeu uma medalha de bronze, diferente da recebida por Chiles, em uma pequena cerimônia com a presença do primeiro-ministro Marcel Ciolacu em Bucareste nesta sexta-feira.
– Não sabia o quanto era pesada – disse ela à plateia. “Estou feliz por estar de posse desta medalha e espero continuar a representar a Romênia no mais alto nível.”
A USA Gymnastics apresentou provas adicionais em vídeo à CAS no domingo que achava que provaria que não houve erro de procedimento, mas o órgão jurídico sediado em Lausanne disse em sua decisão publicada na quinta-feira que a violação foi “cristalina”.
A CAS também afirmou que não tinha poder para ordenar que uma segunda medalha de bronze fosse dada a Chiles, “como algumas das partes propuseram”.
Chiles, que também ganhou o ouro por equipe com Biles em Paris, disse que continuaria lutando e mantinha alguma esperança de que as autoridades acabariam cedendo.
– Agora estou diante de um dos momentos mais desafiadores da minha carreira – acrescentou. “Abordarei esse desafio como fiz com outros – e farei todos os esforços para garantir que a justiça seja feita. Acredito que, no final dessa jornada, as pessoas no controle farão a coisa certa.”