Rio de Janeiro, 28 de Junho de 2025

Funai e PF retiram cerca de 50 invasores de terra indígena em Rondônia

Uma das lideranças criminosas identificadas pela investigação foi presa em flagrante pelo crime de contrabando de produtos veterinários enquanto os agentes de segurança realizavam as buscas e apreensões.

Terça, 30 de Janeiro de 2024 às 11:39, por: CdB

Uma das lideranças criminosas identificadas pela investigação foi presa em flagrante pelo crime de contrabando de produtos veterinários enquanto os agentes de segurança realizavam as buscas e apreensões.


Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília


A Polícia Federal e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) retiraram, no último sábado, cerca de 50 invasores da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, no município de Governador Jorge Teixeira, a 320 quilômetros de Porto Velho, capital de Rondônia.




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Policiais também destruíram barracas utilizadas pelos invadores

Com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, a Operação Tapunhas, referência ao termo indígena "tapy’inha", que significa branco invasor, também destruiu cerca de oito barracões utilizados na área pelos invasores. Uma outra equipe cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Governador Jorge Teixeira e Theobroma, também em Rondônia.


Uma das lideranças criminosas identificadas pela investigação foi presa em flagrante pelo crime de contrabando de produtos veterinários enquanto os agentes de segurança realizavam as buscas e apreensões.

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De acordo com a Polícia Federal, os criminosos responderão por associação criminosa, invasão de terras da União e desmatamento, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão.



Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau


A Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau vem sendo palco de violência com a presença de invasões na região. Em abril de 2020, o indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, de 33 anos, que participava da fiscalização do território contra a extração de madeira ilegal, foi assassinado. Somente dois anos depois, em julho de 2022, a Polícia Federal identificou o suspeito pela morte


Na época, a PF informou que o assassinato de Ari não estava relacionado ao trabalho que a liderança indígena realizava, que era identificar e impedir invasões no território. "Não há mandantes para o crime. A motivação ainda está sendo apurada, possivelmente, não se trata de motivos relacionados ao meio ambiente, mas atritos pessoais entre o autor e a vítima", afirma nota da corporação.


Em nota conjunta, a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé a Associação Japaú, do Povo Indígena Uru-eu-wau-wau, afirmou que o crime ocorreu em meio à falta de fiscalização, invasões de terras por grileiros, garimpeiros e madeireiros.




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