Uma ampla aliança de sindicatos convocou os trabalhadores a se juntarem ao oitavo dia de manifestações nacionais desde meados de janeiro contra a política impopular.
Por Redação, com Reuters - de Paris
Manifestantes protestaram pela França nesta quarta-feira em um último esforço para convencer os parlamentares a não apoiar o projeto de lei de reforma da previdência do presidente Emmanuel Macron, que aumentaria a idade de aposentadoria em dois anos, para 64 anos.
Uma ampla aliança de sindicatos convocou os trabalhadores a se juntarem ao oitavo dia de manifestações nacionais desde meados de janeiro contra a política impopular. Os protestos atraíram milhões de pessoas e as paralisações afetaram os setores de transporte e energia e deixaram lixo se acumulando nas ruas de Paris.
Apesar da reação, Macron seguiu em frente com seu plano. O projeto de lei foi aprovado por um comitê parlamentar conjunto nesta quarta-feira, no qual parlamentares das câmaras baixa e alta estão buscando um texto de compromisso.
Se um acordo for alcançado, uma votação final no Senado e na Assembleia Nacional será realizada na quinta-feira.
Manifestantes marcharam nesta quarta-feira com cartazes dizendo "Não aos 64 anos" ou faixas sindicais marcadas com slogans como "Setores público e privado juntos por nossas aposentadorias".
– Os parlamentares precisam observar o que está acontecendo em seus círculos eleitorais – disse Laurent Berger, chefe do maior sindicato da França, o CFDT, a repórteres antes do início do ato em Paris.
Protestos
Este novo dia de protestos "destina-se a dizer aos parlamentares: não votem nesta reforma", disse ele.
A campanha de Macron enfrentava uma dificuldade de última hora para garantir votos suficientes na Assembleia, onde não possui maioria absoluta e precisará contar com o apoio do partido conservador Les Republicains (LR), embora suas fileiras estejam divididas sobre o assunto.
– Na Assembleia Nacional, não haverá votação fácil, nem pânico – disse o porta-voz do governo Olivier Veran à emissora de rádio Europe 1.