Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Fotógrafo do Bangu denuncia racismo em semifinal do Carioca

Wandré Silva, fotógrafo do Bangu, denuncia injúria racial durante semifinal da Série A2 do Campeonato Carioca. Bangu e Ferj repudiam o episódio.

Segunda, 11 de Agosto de 2025 às 11:11, por: CdB

Profissional foi alvo de cânticos racistas durante a Série A2 do Campeonato Carioca; Bangu e Ferj repudiam episódio e buscam identificar responsáveis.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

O fotógrafo Wandré Silva, que atua no Bangu Atlético Clube, denunciou ter sido vítima de injúria racial durante a semifinal da Série A2 do Campeonato Carioca, no último sábado, no Estádio Moça Bonita, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo o clube, os ataques partiram de torcedores do Araruama Futebol Clube, que entoaram cânticos racistas no segundo tempo da partida.

Fotógrafo do Bangu denuncia racismo em semifinal do Carioca | Fotógrafo acusa injúria racial em jogo do Carioca
Fotógrafo acusa injúria racial em jogo do Carioca

Em uma publicação nas redes sociais, Wandré relatou a dor de mais um episódio de preconceito vivido no futebol brasileiro. “Não tive intenção de repercutir algo, mas precisava colocar pra fora esse acontecimento chato que aconteceu. É só mais um leão que precisamos matar dia após dia”, escreveu o fotógrafo.

O Bangu divulgou nota oficial repudiando o ato e afirmou estar reunindo imagens e registros para identificar os agressores. “Manifestamos nossa total solidariedade ao profissional Wandré Silva, que está sendo acolhido com todo o suporte e atenção da nossa instituição”, declarou o clube.

O episódio

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) também lamentou o episódio e informou que o delegado da partida registrará o caso no Tribunal de Justiça Desportiva. “Apesar das buscas, não houve identificação do autor no Estádio Moça Bonita (…). A Ferj repudia veementemente o episódio preconceituoso e se solidariza com o profissional do Bangu”, comunicou a instituição.

Até o momento, nenhum torcedor responsável pelas ofensas foi identificado. O caso reforça o alerta sobre a persistência do racismo nos estádios brasileiros e coloca em evidência a necessidade de ações mais firmes para punir os responsáveis.

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