Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Forte onda de calor fecha monumentos europeus aos turistas

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Sábado, 15 de Julho de 2023 às 17:35, por: CdB

Nesta sábado, o fechamento perdurou do meio-dia às 17h do horário local, quando as autoridades esperavam temperaturas de até 41°C na cidade. No entanto, os termômetros costumam apontar leituras ainda mais altas na colina acima da capital grega devido à altitude e à falta de sombra.


Por Redação, com Ansa - de Atenas

Com forte onda de calor que atinge a Europa, as autoridades da Grécia fecharam a Acrópole de Atenas neste fim de semana, durante a parte mais quente do dia, para proteger os turistas, num momento em que o sul do continente é castigado por temperaturas extremas.

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Construída há milênios, a Acrópole grega presenciou poucos verões tão quentes quanto o atual


Nesta sábado, o fechamento perdurou do meio-dia às 17h do horário local, quando as autoridades esperavam temperaturas de até 41°C na cidade. No entanto, os termômetros costumam apontar leituras ainda mais altas na colina acima da capital grega devido à altitude e à falta de sombra. O serviço meteorológico da Grécia prevê que as temperaturas voltem a ficar elevadas no sábado, podendo chegar de 42°C em Atenas ao meio-dia.

Na Itália, há temores sobre os próximos dias, com o calor se intensificando e as temperaturas previstas subindo acima de 45ºC na próxima semana no centro e sul do país. A onda de calor foi batizada de Cérbero pela Sociedade Meteorológica Italiana, uma referência ao monstro de três cabeças que é descrito em Inferno, a primeira parte da obra Divina Comédia, de Dante Alighieri.

Caronte


E Cérbero deve ser seguido por outra onda de calor, a Caronte - referência ao barqueiro da mitologia grega que conduzia pessoas recém-falecidas ao mundo dos mortos -, com temperaturas ainda mais altas. Espera-se que a área de alta pressão atinja seu calor máximo no início da próxima semana - com temperaturas acima de 40°C em Roma, Florença e Bolonha. Em partes da Sardenha a previsão de até 47°C.

A Agência Espacial Europeia (ESA), cujos satélites monitoram as temperaturas da terra e do mar, alertou que Itália, Espanha, França, Alemanha e Polônia enfrentam condições extremas. As temperaturas podem quebrar o recorde atual da Europa - 48,8°C registrados na Sicília em agosto de 2021.

Na Croácia, 56 bombeiros com 20 veículos e três aeronaves trabalham para conter um incêndio florestal que se espalhou rapidamente na quinta-feira devido aos fortes ventos do sul perto da cidade adriática de Sibenik. A localidade de Grebastica foi devastada pelo incêndio, com carros e casas destruídos.

Pleno verão


Na Turquia, o serviço meteorológico alerta para calor intenso no fim de semana. No oeste do país, as temperaturas nos próximos dias devem ficar até dez graus acima do habitual para a estação. Em Antália, uma cidade popular com turistas, são esperadas temperaturas de até 42°C no fim de semana.

Na segunda-feira, um estudo publicado nesta pela revista científica Nature Medicine apontou que cerca de 61 mil pessoas morreram de calor na Europa durante o verão de 2022 no Hemisfério Norte. O estudo, elaborado por cientistas de um instituto de saúde francês e do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), ainda alertou que o continente poderá enfrentar mais de 94 mil mortes por ondas de calor em 2040.

O verão de 2022 foi o mais quente registrado até hoje na Europa, com sucessivas ondas de calor que causaram recordes de temperatura, seca e incêndios florestais.

Mortes


Os cientistas analisaram dados de temperatura e mortalidade para o período 2015-2022 em 823 regiões de 35 países europeus, com uma população total de mais de 543 milhões de pessoas. Com base nesses dados, construíram modelos epidemiológicos que permitem prever a mortalidade atribuível às temperaturas para cada região e semana do período de verão (boreal) do ano passado.

No total, a análise revela que, entre 30 de maio e 4 de setembro de 2022, ocorreram 61.672 mortes atribuíveis ao calor na Europa. Uma onda de calor particularmente intensa, entre 18 e 24 de julho, causou 11.637 mortes. Recentemente, o Serviço Copernicus para as Mudanças Climáticas (C3S), órgão da União Europeia, informou que o último mês de junho foi o mais quente desde 1991, com temperaturas recordes registradas tanto em terra quanto nos oceanos.

Levando em conta a média de temperaturas globais, junho de 2023 ficou 0,53 °C acima dos índices registrados entre 1991 e 2020 no mesmo período, superando "substancialmente" o recorde anterior, de 2019.

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