Em meio à possibilidade de perder o território, o ministro da Defesa ucraniana, Oleksii Reznikov, voltou a apelar por mais armamentos. Disse que seu país precisa de projéteis de artilharia para montar uma contra-ofensiva eficiente na contenção da Rússia.
Por Redação, com Poder360 - Kiev
O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse na quarta-feira que suas forças assumiram o controle total da parte leste da cidade ucraniana de Bakhmut. Se a informação se confirmar, será a primeira grande vitória da Rússia na guerra contra a Ucrânia em vários meses.
– Tudo a leste do rio Bakhmutka está completamente sob o controle de Wagner – afirmou o fundador do Wagner e empresário próximo ao presidente russo, Vladimir Putin, no Telegram.
O Bakhmutka corta a cidade da região de Donetsk, em grande parte ocupada pelos russos. O centro de Bakhmut, porém, está localizado no lado oposto do rio.
Segundo à agência inglesa de notícia Reuters, na semana passada, as forças ucranianas cogitaram uma retirada tática. Os militares, porém, foram mantidos a postos, de acordo com autoridades do país europeu.
Contra-ofensiva
Em meio à possibilidade de perder o território, o ministro da Defesa ucraniana, Oleksii Reznikov, voltou a apelar por mais armamentos. Disse que seu país precisa de projéteis de artilharia para montar uma contra-ofensiva eficiente na contenção da Rússia.
– Precisamos avançar o mais rápido possível – falou Reznikov a jornalistas antes de uma reunião com ministros da Defesa da UE (União Europeia) na quarta-feira em Estocolmo, na Suécia.
Antes da mesma reunião, o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, reconheceu que Bakhmut poderá cair “nos próximos dias” e alertou que “não devemos subestimar a Rússia”.
Moscou disse ter anexado cerca de 20% do território ucraniano. Nas últimas semanas, apesar de progressos terem sido registrados em torno de Bakhmut, as ofensivas não avançaram significativamente no norte e no sul do país.
A tomada de Bakhmut é considerada pelas forças russas um passo importante para a conquista da região de Donbass, que inclui as províncias de Donetsk e Luhansk.