Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

FMI amplia reservas de emergência frente crises em países emergentes

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Quinta, 06 de Outubro de 2022 às 11:52, por: CdB

O quadro em análise no Fundo Monetário Internacional (FMI) se agrava diante do fato de que as reservas internacionais globais sofreram a contração mais acentuada já registrada, à medida que bancos centrais da Índia à República Tcheca intervêm para apoiar suas moedas. As reservas caíram cerca de US$ 1 trilhão, ou 7,8%, este ano, para US$ 12 trilhões.

Por Redação, com Reuters - de Washington
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estuda a emissão de US$ 650 bilhões em novas reservas de emergência para ajudar seus países membros a lidar com crises sobrepostas de saúde, alimentos, energia e inflação, principalmente aqueles emergentes, disseram 140 grupos da sociedade civil em uma carta à diretoria do FMI nesta quinta-feira.
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O Fundo Monetário Internacional, com sede em Washington, calcula que está em curso o pior pesadelo econômico do último século
Autoridades do FMI disseram em julho que uma nova emissão de reservas de Direitos Especiais de Saque (SDR) estava entre as opções para ajudar os países que lutam com as repercussões da guerra russa na Ucrânia, mas não houve discussões ativas sobre o assunto. O Banco Mundial alertou no mês passado sobre o risco crescente de uma recessão global como resultado da guerra, e na véspera disse que quase 600 milhões de pessoas ainda estarão vivendo em extrema pobreza, com renda de apenas US$ 2,15 por dia, até 2030.

Contração

O quadro em análise no FMI se agrava diante do fato de que as reservas internacionais globais sofreram a contração mais acentuada já registrada, à medida que bancos centrais da Índia à República Tcheca intervêm para apoiar suas moedas. As reservas caíram cerca de US$ 1 trilhão, ou 7,8%, este ano, para US$ 12 trilhões, a maior queda desde que a agência norte-americana de notícias Bloomberg começou a compilar os dados em 2003. Parte da queda é simplesmente devido a mudanças de valor. À medida que o dólar saltou para máximas de duas décadas em relação a outras moedas de reserva, como o euro e o iene, o valor em dólar de depósitos nessas moedas caiu. Mas as reservas cada vez menores também refletem o estresse no mercado de câmbio, que força um número crescente de bancos centrais a usarem os ativos internacionais para evitar a depreciação.

Intervenção

O estoque de moeda da Índia, por exemplo, caiu US$ 96 bilhões este ano para US$ 538 bilhões. O banco central do país disse que as mudanças no valor de ativos respondem por 67% da queda nas reservas durante o ano fiscal que começou em abril, implicando que o restante veio de intervenções. A rupia perdeu cerca de 9% em relação ao dólar este ano e atingiu uma mínima recorde no mês passado. O Japão gastou cerca de US$ 20 bilhões em setembro para desacelerar a queda do iene em sua primeira intervenção para apoiar a moeda desde 1998. Isso representaria cerca de 19% da perda de reservas neste ano. Uma intervenção cambial na República Tcheca ajudou a reduzir as reservas em 19% desde fevereiro. Embora a magnitude do declínio seja extraordinária, a prática de usar reservas para aliviar outras moedas não é novidade. Bancos centrais compram dólares e acumulam seus estoques para desacelerar a valorização de suas moeda quando há uma enxurrada de capital estrangeiro. Em tempos ruins, eles recorrem às reservas para suavizar o golpe da fuga de capitais.
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