A expectativa para o ano que vem é ampliar a atuação nos territórios, isso porque a Alerj aprovou a destinação de R$ 25 milhões para o projeto no orçamento de 2024. O recurso ainda aguarda liberação para ser executado.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
Nesta quarta-feira, a Fiocruz lançou uma chamada pública voltada para organizações sociais que mantêm projetos de promoção integral à saúde em favelas do Estado do Rio de Janeiro. O edital com este foco que totaliza R$ 5,5 milhões é inédito. O lançamento foi realizado na quadra da Mangueira, na Zona Norte.
O investimento faz parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, uma parceria da Fiocruz com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Pontifícia Universidade Católica (PUC)-RJ, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Assembleia Legislativa (Alerj) que já distribuiu 400 toneladas em alimentos e impactou a vida de 325 mil pessoas desde 2021.
A expectativa para o ano que vem é ampliar a atuação nos territórios, isso porque a Alerj aprovou a destinação de R$ 25 milhões para o projeto no orçamento de 2024. O recurso ainda aguarda liberação para ser executado.
Favela e saúde
O lançamento do novo edital integra a programação do evento "Favela produz saúde", que vai reunir na quadra da Mangueira lideranças comunitárias de 90 organizações que integram o Plano, acadêmicos das universidades parceiras e representantes da sociedade civil. Na ocasião serão apresentados os resultados do projeto e as estratégias do planejamento para 2024.
Estão previstas diversas apresentações artísticas e culturais: a Mangueira do Amanhã, juntamente com a rainha de bateria da verde e rosa, Evelyn Bastos; o Grupo Nós do Morro, com a presença do ator e diretor da instituição, Babu Santana; a cantora Marina Iris; a violonista Samara Líbano; o Centro de Cultura Popular da Baixada Fluminense; entre outras.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, que estará na Mangueira, destaca a importância do evento para as estratégias em saúde nos territórios mais vulneráveis. A iniciativa surgiu na pandemia e realizou ações como construção de cozinhas comunitárias, distribuição de cestas básicas, atividades de reforço escolar, projetos para o desenvolvimento da agroecologia, etc.
– A chamada pública representa mais um passo significativo dentro do nosso compromisso com o Plano Integrado de Saúde nas Favelas do RJ, uma parceria sólida que tem desempenhado um papel importante na promoção da saúde desde 2021. O evento não apenas celebra este importante trabalho coletivo, mas também fortalece e renova o nosso compromisso com o acesso à saúde e ao bem-estar social – afirma.
A partir da articulação das organizações que integram o Plano com a Fiocruz, a Alerj destinou, em 2020, R$ 20 milhões à Fundação para a implementação das ações. Entre agosto de 2021 e dezembro de 2023 a Fiocruz repassou R$ 15,5 milhões para 90 organizações sociais, selecionadas por meio de chamada pública, com objetivo de executar ações de promoção à saúde nas favelas. Outros R$ 5 milhões fazem parte do investimento que será feito em 2024.