Helsinque acusou Moscou de ter canalizado cerca de 700 imigrantes para a fronteira nas últimas duas semanas de países como Iêmen, Afeganistão, Quênia, Marrocos, Paquistão, Somália e Síria, uma acusação que o Kremlin negou.
Por Redação, com Reuters - de Helsinque
A Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira, Frontex, disse nesta quinta-feira que enviará mais agentes para a Finlândia na próxima semana, no momento em que a nação nórdica busca limitar o número de solicitantes de asilo vindos da Rússia.
Helsinque acusou Moscou de ter canalizado cerca de 700 imigrantes para a fronteira nas últimas duas semanas de países como Iêmen, Afeganistão, Quênia, Marrocos, Paquistão, Somália e Síria, uma acusação que o Kremlin negou.
A Finlândia disse na quarta-feira que fechará todos os pontos de passagem, exceto o mais ao norte, em sua fronteira de 1.340 km com a Rússia, deixando aberta apenas uma rota remota no Ártico a partir da manhã de sexta-feira.
As medidas vão funcionar inicialmente por um mês.
Em um comunicado, a Frontex afirmou que enviaria 50 guardas de fronteira e outros funcionários para a Finlândia, juntamente com equipamentos como carros de patrulha, para reforçar as atividades de controle.
Imigrantes
A ministra do Interior da Finlândia, Mari Rantanen, disse que seu país intensificará o registro dos que chegarem, estabelecendo centros para a coleta de fotos, impressões digitais e outras informações de identidade.
– Isso é feito por razões de segurança, porque não sabemos quem cruzará a fronteira – disse Rantanen em um post no X.
No início desta semana, a Finlândia informou que havia solicitado 60 oficiais da Frontex, além dos 10 já estacionados no país.
A Frontex disse que enviaria um primeiro grupo de funcionários em 29 de novembro, incluindo agentes de vigilância de fronteira, apoio para o registro de imigrantes, especialistas em documentos e intérpretes.
Os direitos fundamentais "de todas as pessoas" serão respeitados e mantidos, declarou a Frontex.
– A agência tem plena consciência do aspecto humanitário desse cenário, especialmente considerando as condições climáticas adversas e o despreparo das pessoas que chegam à fronteira finlandesa – acrescentou.