Rio de Janeiro, 16 de Janeiro de 2025

Ferrovia Transoceânica, em fase estrutural, avança a todo vapor

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Terça, 12 de Novembro de 2024 às 19:31, por: CdB

“Com um investimento de US$ 100 bilhões, esse projeto visa criar uma nova rota para o transporte de mercadorias entre a Ásia e a América do Sul. Com certeza este tema estará na Pauta das Visitas que Xi Jinping realizará ao Peru e ao Brasil no fim do mês.

Por Redação, com Blog Luiz Müller – de Porto Alegre

A ferrovia transoceânica, um projeto em parceria entre os governos de Pequim, Brasília e Lima, que conectará o Brasil ao Peru, “promete transformar o comércio internacional e contribuir para o desenvolvimento econômico de toda a região”, segundo apurou o blogueiro e ativista digital Luiz Müller.

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A Ferrovia Transoceânica é uma associação entre países

“Com um investimento de US$ 100 bilhões, esse projeto visa criar uma nova rota para o transporte de mercadorias entre a Ásia e a América do Sul. Com certeza este tema estará na Pauta das Visitas que Xi Jinping realizará ao Peru e ao Brasil no fim do mês, quando ele estará acompanhando também a Cúpula do G 20 no Rio de Janeiro”, acrescentou.

Ainda segundo a apuração, “a nova rota ferroviária encurtaria significativamente o tempo e a distância de transporte, tornando o comércio mais rápido e barato. Além disso, ao reduzir a dependência de rotas marítimas tradicionais, como o Canal do Panamá, a China garantiria acesso direto aos recursos sul-americanos, fortalecendo sua posição estratégica no cenário global”.

 

Desafios

“A relação comercial entre China e América do Sul já vinha crescendo, exponencialmente, impulsionada pela demanda chinesa por commodities como soja, minério de ferro e cobre. Agora, com a proposta de construção de uma ferrovia ligando o Brasil ao Peru, a China busca consolidar ainda mais essa parceria, encurtando distâncias e reduzindo custos de transporte”, acrescentou.

O potencial transformador, no entanto, ainda enfrenta grandes desafios. Um dos principais obstáculos é a necessidade de atravessar a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes, regiões de difícil acesso e com ecossistemas sensíveis. Além disso, há divergências entre Brasil e Peru sobre a rota ideal para a ferrovia, o que poderá atrasar o cronograma da construção.

Tais desafios, porém, representam oportunidades para a inovação e a cooperação entre os países envolvidos. A superação desses obstáculos exigirá tecnologias avançadas e um planejamento meticuloso, além de um esforço conjunto dos governos e empresas para garantir que o projeto seja realizado de forma sustentável e eficiente.

 

Geopolítica

“Nos últimos anos, a influência dos Estados Unidos na América do Sul tem diminuído, abrindo espaço para o avanço da China. Com projetos ambiciosos como a ferrovia transoceânica, a China está se posicionando como um parceiro crucial para o desenvolvimento da região. Essa parceria promete gerar benefícios mútuos, desde o fortalecimento das economias locais até a criação de novas oportunidades de emprego e infraestrutura”, lembra Luiz Müller.

O projeto de construção da ferrovia também representa um passo crucial para a integração regional. “Ao melhorar as conexões de transporte, a China facilita o comércio intra-regional e promove o crescimento econômico sustentável. Em última análise, esse investimento estratégico reforça a posição da China como uma potência global e transforma o panorama geopolítico da América do Sul”, concluiu.

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