Rio de Janeiro, 01 de Abril de 2025

Feministas do DF dão vozes à luta com acolhimento e afeto

No Eixão do Lazer, mulheres se reuniram para discutir resistência e afeto no feminismo, promovendo a transformação social e o autocuidado.

Quinta, 27 de Março de 2025 às 17:28, por: Redação Brasília
Por Redação, com sucursal – de Brasília, por Thamy Frisselli

No domingo (23) o Eixão do Lazer, na altura da 207 Norte, recebeu as mulheres do Vozes de Luta, um projeto organizado pela Comitê Popular de Luta – Rede Lular, em parceria com o Coletivo Borda Luta e Levante Feminista do DF. As convidadas desse primeiro encontro foram, Dirnamara Guimarães, Luiza Borges e Rita Andrade colocando na roda o tema – Resistência e Afeto: Uma Estratégia Feminista de Transformação Social.

Feministas do DF dão vozes à luta com acolhimento e afeto | Foto: Thamy Frisselli.
Foto: Thamy Frisselli.

Rita Andrade, militante do Levante Feminista, atuante dentro dos espaços institucionais contra o feminicídio, o lesbocídio e o transfeminicídio, faz parte da Legaliza DF, pela descriminalização do aborto e fifliada ao PSol, trouxe a experiência das mulheres referências na vida, de ser neta, mãe e avó e explana sobre a importância do afeto nese lugar das rodas de conversa sobre o feminismo. “A gente precisa falar de afeto porque a resistência tem sido muito dura, toda hora tem que levantar uma bandeira, são diversas lutas e aí temos que parar para pensar quais são as lutas que damos conta. É um privilégio hoje sentar embaixo de uma árvore e conversar com novas pessoas.”

Uma das criadoras da campanha Não é não em 2017, Luiza Borges tem uma mãe professora de arte, e foi criada dentro de uma escola que já trazia a política, o que facilitou a consciência sobre o feminismo, mesmo antes do termo ser o termo de fato. E ao se aproximar da pauta uma amiga a chamou para fazer parte do coletivo Não é Não!

“Foi um coletivo de suma importância, onde meninas distribuíram 4 mil tatuagens temporárias no Carnaval do Rio de Janeiro. É uma ferramenta lúdica muito válida, e o projeto tinha potência para ser maior. E quando chegou na minha mão vi como uma oportunidade de expandir para 16 estados, para ter embaixadoras, duas por estado. Essas mulheres coordenam as redes locais de distribuição dessas tatuagens e de encontros e entrevistas. E diante desse funcionamento coloco aqui a questão para os movimentos se organizarem como rede.”

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O coletivo Borda Luta, foi representado por Dirnamara Guimarães que trouxe luz ao combate à misoginia. “O maternalismo vem oprimindo as mulheres há muito tempo. Desde que perdemos a autonomia da propriedade privada, tambeḿ perdemos autonomia dos nossos corpos, ficando em casa, cuidando dos filhos enquanto o homem trabalha. E a desconstrução do maternalismo vem a questão do afeto para que as mulheres pensem e se retirem deste lugar de “culpa” por não ser a responsável pelos cuidados com os mais velhos ou doentes, isso é se colocar no lugar de afeto e autocuidado. Uma visão que a mulher vai ter que desconstruir e construir uma ideia de cuidado coletivo, é essencial para que o feminismo avance e que todas nós desejamos.”

“A revolução será feminista…ou não será!” autora desconhecida

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