As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram ter destruído 12 casas de comandantes do Hamas em Gaza nas últimas 24 horas, incluindo três na manhã desta terça-feira. As três casas destruídas seriam de comandantes que usavam os locais como centros de comando e operações, segundo as FDI.
Por Redação, com Sputnik - de Jerusalém
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram ter destruído 12 casas de comandantes do Hamas em Gaza nas últimas 24 horas, incluindo três na manhã desta terça-feira.
As três casas destruídas seriam de comandantes que usavam os locais como centros de comando e operações, segundo as FDI.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, os militares israelenses atingiram nove plataformas de lançamento de foguetes por toda a região da Faixa de Gaza desde as 08h00 (02h00, no horário de Brasília) de hoje.
Moradores de comunidades localizadas a quatro quilômetros da fronteira de Gaza foram aconselhados a permanecerem em abrigos antibombas, enquanto projéteis são lançados por terroristas palestinos contra a área israelense.
Ainda há pouco, as sirenes foram soadas em diversas comunidades, alertando sobre um possível ataque de foguetes na região de Kibutz Kerem Shalom, principal via de travessia comercial para a Faixa de Gaza, que foi reaberta para a entrada de ajuda humanitária.
[embed]https://youtu.be/3MJwLdW5iag[/embed]
A travessia foi fechada por Israel na noite de segunda-feira, após um grupo do Hamas lançar uma série de foguetes contra Jerusalém.
Os confrontos armados na fronteira entre Israel e o território palestino se agravaram em 10 de maio, quando expirou o ultimato do Hamas, que exigia a retirada de policiais e militares israelenses da Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, e do bairro de Sheikh Jarrah, na parte oriental da cidade sagrada.
A nova onda de violência
A nova onda de violência começou depois que as autoridades israelenses decidiram despejar várias famílias palestinas de Sheikh Jarrah, para entregar suas residências a colonos judeus. Desde então, os ataques aéreos de Israel já deixaram mais de 120 palestinos mortos e cerca de 900 feridos, enquanto sete pessoas morreram do lado israelense, entre elas um militar.Chefe do Pentágono lamenta 'perda de vidas inocentes'
Uma nova onda de violência estourou na semana passada entre Tel Aviv e grupos militantes baseados na Faixa de Gaza. Mais de 212 palestinos, incluindo 61 crianças, morreram em decorrência dos ataques aéreos de Israel.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, expressou seu apoio à redução do conflito israelense-palestino e lamentou a "perda de vidas inocentes de israelenses e palestinos". O chefe do Pentágono fez seus comentários nesta terça-feira durante uma conversa com seu homólogo israelense, Benny Gantz. Ainda assim, Austin apoiou o direito de Israel se defender contra o Hamas.
– Austin reiterou o apoio inabalável dos EUA ao direito de Israel de se defender e proteger os civis israelenses, e lamentou a perda de vidas inocentes de israelenses e palestinos – disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, citado pela agência inglesa de notícias Reuters.
Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou nesta terça-feira que o objetivo de Washington continua sendo parar o mais rápido possível a violência em curso entre israelenses e palestinos. O secretário acrescentou que destacou a necessidade de acabar com a violência nas negociações com seus parceiros de Israel, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Tunísia, Marrocos, Bahrein e União Europeia.
Blinken comentou sobre os repetidos bloqueios de Washington às recentes resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a violência israelense-palestina, alegando que os EUA nunca obstruíram a diplomacia, mas, pelo contrário, estão trabalhando ativamente neste campo. A última resolução que os EUA bloquearam, na segunda-feira, condenou a resposta militar de Israel aos ataques de grupos militantes em Gaza e pediu um cessar-fogo.
O secretário de Estado dos EUA revelou que Washington recebeu novas informações sobre o ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI) ao prédio que hospeda os escritórios de vários meios de comunicação, incluindo redes internacionais como a Associated Press (AP) e Al Jazeera.
– É meu entendimento que recebemos mais algumas informações por meio de canais de inteligência, e não é algo que eu possa comentar – disse Blinken, citado pela agência Reuters.
As IDF alegaram que "ativos de inteligência militar do Hamas" estavam escondidos no prédio e usavam os jornalistas como "escudo humano". Israel afirma ter avisado com antecedência sobre o ataque aéreo iminente.
Nenhum jornalista foi morto como resultado do bombardeio, mas a AP disse que foi por pouco e os meios de comunicação e associações de jornalistas condenaram veementemente as ações de Israel.
A escalada mais recente no conflito israelense-palestino começou em 10 de maio, depois que grupos baseados em Gaza, Hamas e Jihad Islâmica, lançaram foguetes contra Israel. Ao longo da semana, os grupos militantes lançaram mais de 3.300 foguetes. Os poucos foguetes que penetraram no sistema de defesa aérea de Israel Cúpula de Ferro mataram dez e feriram 50 israelenses. Os bombardeios israelenses, por sua vez, deixaram até agora 212 palestinos mortos, incluindo 84 crianças.