Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Fabricante de chips ARM irá seguir regras dos Estados Unidos sobre Huawei

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Quarta, 22 de Maio de 2019 às 08:39, por: CdB

A Huawei, assim como a Apple e fabricantes de chips como a Qualcomm, usa ‘blueprints’ da ARM para projetar os processadores que alimentam seus smartphones. A Huawei também licencia tecnologia gráfica da empresa de Cambridge.

Por Redação, com Reuters - de Londres/Pequim/Xangai 

A fabricante britânica de chips ARM disse nesta quarta-feira que está cumprindo uma medida dos Estados Unidos para impedir que a Huawei, da China, acesse a tecnologia norte-americana.
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Fabricante de chips ARM vai seguir regras dos EUA sobre Huawei
A Huawei, assim como a Apple e fabricantes de chips como a Qualcomm, usa ‘blueprints’ da ARM para projetar os processadores que alimentam seus smartphones. A Huawei também licencia tecnologia gráfica da empresa de Cambridge. Os Estados Unidos impediram a Huawei de comprar produtos norte-americanos na semana passada, colocando em risco os laços com o Google, que fornece o sistema operacional Android e serviços como o Gmail e o Google Maps, além de parceiros de hardware como a ARM. A BBC informou mais cedo nesta quarta-feira que a ARM, que pertence ao Softbank, instruiu os funcionários a suspender “todos os contratos ativos, direitos de suporte e quaisquer compromissos pendentes” com a Huawei depois que os Estados Unidos adicionaram a Huawei a uma lista de empresas com as quais as empresas não podiam fazer negócios. Os parceiros internacionais da Huawei estão se distanciando da empresa chinesa até que haja clareza sobre sua relação com os parceiros de tecnologia dos EUA que fornecem os aplicativos e serviços que são cruciais para os consumidores.

China

O principal diplomata do governo chinês, Wang Yi, disse nesta quarta-feira que a pressão dos Estados Unidos sobre as empresas chinesas, como a gigante de tecnologia Huawei, é intimidação econômica e um movimento para tentar impedir o desenvolvimento do país. – O uso do poder dos EUA para reprimir as empresas privadas da China, como a Huawei, é uma típica intimidação econômica – disse Wang em um comunicado no site do Ministério das Relações Exteriores da China. Wang, que é o principal diplomata e membro do governo chinês, também disse em outro comunicado que a porta da China estará sempre aberta aos EUA para negociações comerciais, mas que o país não aceitará acordos desiguais. As duas maiores economias do mundo escalaram os aumentos tarifários sobre importações de cada uma depois que as negociações para resolver a disputa comercial iniciada por Donald Trump foram interrompidas. A disputa se intensificou desde que Washington colocou a Huawei em lista negra de comércio dos EUA na semana passada.

 Lista negra

O governo norte-americano está considerando sanções semelhantes às impostas contra a Huawei para a empresa chinesa de vigilância por vídeo Hikvision, segundo relatos da imprensa, aumentando as preocupações de que o atrito comercial entre as duas principais economias do mundo possa se agravar ainda mais. As restrições limitariam a capacidade da Hikvision de comprar tecnologia dos Estados Unidos e as empresas norte-americanas podem ter que obter a aprovação do governo dos EUA para fornecer componentes para a empresa chinesa, publicou o New York Times nesta terça-feira. Os EUA colocaram a Huawei em uma lista negra de comércio na semana passada, proibindo efetivamente que empresas dos EUA façam negócios com a maior fabricante de equipamentos de rede de telecomunicações do mundo, em uma grande escalada na guerra comercial. O governo de Donald Trump acusa a Huawei de atividades contrárias à segurança nacional dos EUA, uma alegação que a empresa nega. No entanto, apesar da suposta preocupação com a segurança do país, esta semana Washington concedeu à Huawei uma licença para comprar produtos norte-americanos até 19 de agosto para minimizar o transtorno para os clientes. A Huawei afirma que pode garantir uma cadeia de fornecimento estável de componentes sem a ajuda dos EUA. Uma executiva da Hikvision fez comentários na mesma linha. – Mesmo que os EUA parem de vendê-los para nós, podemos remediar isso através de outros fornecedores – disse uma executiva da Hikvision, pedindo para não ser identificada devido à sensibilidade do assunto. – Os chips usados pela Hikvision são muito comerciais e a maioria dos fornecedores está na China – disse ela, mas ela acrescentou que a empresa não foi informada sobre nenhuma possível inscrição em lista negra dos EUA. A Casa Branca não comentou o assunto.
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