Em comunicado, as IDF explicaram que a 98ª Divisão "concluiu a sua missão" em Khan Younis, após meses de combates, tendo deixado a Faixa de Gaza para "recuperar e preparar-se para futuras operações".
Por Redação, com agências internacionais - de Rafah, Palestina
Pressionadas internacionalmente, as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram, neste domingo, a retirada de parte das suas tropas terrestres presentes no sul de Gaza. Na região, irá permanecer somente uma brigada, acrescentaram as fontes citadas pela agência inglesa de notícias Reuters.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, as IDF informaram que a 98ª Divisão tinha abandonado a Faixa de Gaza e que não existem neste momento tropas em manobras ativas no sul do enclave. Em comunicado, as IDF explicaram que a 98ª Divisão "concluiu a sua missão" em Khan Younis, após meses de combates, tendo deixado a Faixa de Gaza para "recuperar e preparar-se para futuras operações".
Uma "força significativa liderada pela 162ª Divisão e a Brigada Nahal, irão continuar a operar da Faixa de Gaza", acrescentou o texto.
Estradas
A televisão pública israelense revelou entretanto que as tropas que vão permanecer em Gaza ficarão ao longo do Corredor de Netzarim, que divide o enclave em dois ao interceptar uma das duas principais estradas que ligam o norte e o sul de Gaza.
Não ficou detalhado de que forma a retirada irá impactar na incursão contra a cidade de Rafah, suspensa há várias semanas e considerada essencial por Israel para cumprir o seu objetivo de eliminar definitivamente o Hamas.
A decisão poderá contudo ser um gesto de boa vontade para desbloquear as negociações de paz, paradas desde novembro.
Conflito
Este domingo marca seis meses de conflito desde o ataque e massacre de 1.200 pessoas por parte do Hamas. Mais de 200 israelenses e estrangeiros foram feitos reféns, 133 mantêm-se em localização incerta.
A resposta de Israel foi devastadora para os habitantes da Faixa de Gaza, cujos edifícios e infraestruturas foram sendo sistematicamente arrasadas a partir do norte.
A população foi forçada a fugir aos poucos para o sul e um milhão de pessoas concentram-se atualmente em Rafah, junto à fronteira com o Egito, impedidas de prosseguir devido a uma barreira construída pelo Cairo para impedir a entrada de refugiados palestinos no seu território.