Libaneses receberam mensagens de Israel por telefone com pedidos para abandonarem a região. Hagari declarou que o Exército bombardeou posições do Hezbollah durante a manhã desta segunda-feira.
Por Redação, com CartaCapital – de Jerusalém
O Exército de Israel aconselhou nesta segunda-feira os libaneses a “se afastarem” das posições do Hezbollah e alertou que prosseguirá com os bombardeios mais “extensos e precisos” contra o grupo islamista.
– Aconselhamos os civis de áreas localizadas dentro e perto de edifícios e áreas usadas pelo Hezbollah com fins militares… a se afastarem imediatamente – disse o porta-voz militar Daniel Hagari.
As forças israelenses “efetuarão ataques (mais) extensos e precisos contra alvos terroristas que foram amplamente incorporados em todo o Líbano“, acrescentou o militar em uma entrevista coletiva, em uma mensagem direta à população libanesa.
Hagari declarou que o Exército bombardeou posições do Hezbollah durante a manhã desta segunda-feira.
– Os ataques continuarão no futuro próximo – disse.
Este é o primeiro alerta do tipo do Exército israelense à população libanesa desde o início da guerra, em 7 de outubro, entre Israel e o movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza.
Após o início do conflito, o Hezbollah começou a disparar foguetes contra o território israelense em apoio ao aliado Hamas e aos palestinos em Gaza.
“Esta é a primeira vez que fazemos esse tipo de alerta dessa forma”, disse uma fonte militar de Israel.
À agência oficial libanesa ANI informou que os libaneses receberam mensagens de Israel por telefone com pedidos para abandonarem os locais em que estavam.
“Moradores de Beirute e de diversas regiões receberam mensagens na rede de telefonia fixa, cuja fonte é o inimigo israelense, com pedidos para que abandonem rapidamente os locais onde se encontram”, afirmou a ANI.
O gabinete do ministro da Informação, Ziad Makari, em Beirute, disse à agência francesa de notícias AFP que recebeu o mesmo alerta.
China pede a seus cidadãos que deixem Israel ‘o mais rápido possível’
O governo da China pediu a seus cidadãos em Israel que deixem o país “o mais rápido possível” diante do agravamento das hostilidades com o movimento islamista libanês Hezbollah.
“Atualmente, a situação na fronteira entre Israel e o Líbano é extremamente tensa, com conflitos militares frequentes”, afirma um comunicado da embaixada chinesa em Israel.
“A situação de segurança em Israel continua sendo grave, complexa e imprevisível”, acrescenta a nota.
Por este motivo, a missão diplomática pede aos cidadãos chineses em Israel que “voltem para casa ou sigam para áreas mais seguras o mais rápido possível”.
Israel e Hezbollah ameaçaram no domingo intensificar os ataques na fronteira, apesar dos pedidos de moderação da comunidade internacional para evitar uma guerra total.
A China pediu no mês passado a seus cidadãos no Líbano que deixassem o país, após um ataque israelense que matou um líder do movimento islamista palestino Hamas.