Segundo a magistrada Plinia Azzena, da Corte de Apelação de Sassari, a detenção do líder separatista não foi ilegal, como alega a defesa, mas ainda assim "não há motivo" para aplicar a prisão preventiva neste caso.
Por Redação, com ANSA - de Roma
Uma juíza italiana determinou nesta sexta-feira a libertação do ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont, que havia sido preso na ilha da Sardenha na última quinta. Segundo a magistrada Plinia Azzena, da Corte de Apelação de Sassari, a detenção do líder separatista não foi ilegal, como alega a defesa, mas ainda assim "não há motivo" para aplicar a prisão preventiva neste caso. No entanto, Puigdemont deve comparecer a Sassari no próximo dia 4 de outubro, data da primeira audiência sobre sua extradição. Inicialmente, havia sido divulgado que o político não poderia sair da Sardenha até a conclusão do processo, mas o mandado de soltura não inclui nenhuma medida cautelar. Ou seja, Puigdemont poderá ir embora da Itália livremente. O ex-presidente da Catalunha havia sido preso logo após desembarcar no aeroporto de Alghero, onde ele participa de um evento cultural neste fim de semana, o município de 40 mil habitantes tem uma importante herança cultural catalã e é apelidado de "Barcelona sarda". A prisão ocorreu em função de um mandado de captura internacional emitido pelo Tribunal Supremo da Espanha, que quer processar Puigdemont por sedição e apropriação indébita por conta do plebiscito separatista de outubro de 2017. Organizada pelo então presidente da Catalunha, a consulta popular culminou em uma declaração unilateral de independência, mas foi considerada ilegítima pelo governo da Espanha, que destituiu a administração local e assumiu o controle da comunidade autônoma.