Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

EUA veem ameaça cibernética 'substancial' da China

Os Estados Unidos viram ciberataques da China em 2021, quando milhares de servidores Microsoft Exchange foram atingidos ou comprometidos no país norte-americano e ao redor do mundo. Em junho de 2022, os EUA advertiram que grupos cibercriminosos apoiados pela China estavam visando as principais empresas.

Terça, 26 de Julho de 2022 às 08:23, por: CdB

Os Estados Unidos viram ciberataques da China em 2021, quando milhares de servidores Microsoft Exchange foram atingidos ou comprometidos no país norte-americano e ao redor do mundo. Em junho de 2022, os EUA advertiram que grupos cibercriminosos apoiados pela China estavam visando as principais empresas.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Segundo a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura americana, a China representa uma ameaça de longo prazo para a segurança cibernética dos EUA.

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Os Estados Unidos viram ciberataques da China em 2021

Os EUA veem uma grande ameaça cibernética vinda da China, disse na segunda-feira Brandon Wales, diretor-executivo da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês) americana.

– Enfrentamos ameaças de uma variedade de Estados nacionais. A da Rússia tem sido obviamente muito aguda, mas a longo prazo a ameaça representada pela atividade maliciosa vinda da China é substancial – disse Wales durante uma palestra virtual organizada pela Associação de Banda Larga Rural (RBA, na sigla em inglês) dos EUA.

– Eles são obviamente uma grande preocupação para nós – sublinhou ele.

Wales disse que Washington vê uma grande quantidade de atividade chinesa, e que ela visa comprometer as redes de espionagem para explorá-las em ataques futuros.

Os Estados Unidos viram ciberataques da China em 2021, quando milhares de servidores Microsoft Exchange foram atingidos ou comprometidos no país norte-americano e ao redor do mundo, segundo ele.

Em junho de 2022, os EUA advertiram que grupos cibercriminosos apoiados pela China estavam visando as principais empresas de telecomunicações desde 2020.

Proliferação de ataques

A proliferação de ataques de segurança cibernética associados à China foi uma das questões abordadas no domingo pelo diretor do FBI, Christopher Wray, que afirmou que as autoridades de inteligência enfrentam ameaças de segurança cibernética e de espionagem da China "sem precedentes na história".

– A maior ameaça que enfrentamos como país do ponto de vista de contrainteligência é da República Popular da China e, especialmente, do Partido Comunista Chinês – disse Wray, acusando a China de visar a inovação norte-americana, segredos comerciais e propriedade intelectual "em uma escala sem precedentes na história".

O chefe do FBI falava no programa 60 Minutos emitido no domingo. A entrevista decorreu na sede do FBI em Washington, DC, em 21 de abril.

– Eles roubaram mais dados pessoais e empresariais dos americanos do que todas as nações juntas – afirmou Wray, observando que o escopo do programa de hacking ligado à China tem como alvo todos os setores da economia dos EUA, incluindo agricultura, tecnologia, saúde e aviação.

No momento da entrevista, em 21 de abril, os 56 escritórios do FBI estavam realizando mais de 2 mil investigações de contrainteligência associadas à China.

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