A agência disse ainda que 15 palestinos foram mortos no início do domingo em bombardeios aéreos israelenses na Faixa de Gaza central e sul. Os ataques indiscriminados a civis levou a uma mudança de tom na diplomacia norte-americana em relação ao governo de Benjamin Netanyahu.
Por Redação, com agências internacionais - de Jerusalém e Washington
Ao longo deste domingo, o Exército israelense matou dois palestinos em incursões na Cisjordânia, informou a agência de notícias palestina de notícias WAFA. As forças israelenses mataram a tiros Issam Al-Fayed, um homem de 46 anos com deficiência, na entrada do campo de refugiados de Jenin, disse a agência.

Outro homem, Omar Laham, de 20 anos, foi morto com um tiro na cabeça em confrontos com soldados no campo de refugiados de Dheisheh, ao sul de Belém, disse a agência.
A agência disse ainda que 15 palestinos foram mortos no início do domingo em bombardeios aéreos israelenses na Faixa de Gaza central e sul. Os ataques indiscriminados a civis levou a uma mudança de tom na diplomacia norte-americana em relação ao governo de Benjamin Netanyahu.
Conselheiros
O agravamento do conflito Israel-Hamas tem provocado tensões crescentes na conturbada área da Cisjordânia. Os confrontos entre palestinos locais e colonos israelenses atingiram os níveis mais altos em meio ao agravamento da crise em Gaza.
O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou aos conselheiros seniores que elaborassem uma diretiva explorando diferentes opções de medidas legais contra colonos israelenses "extremistas" na Cisjordânia. O trecho de um memorando oficial da Casa Branca sobre os incidentes israelo-palestinos nesta parte da Palestina foi vazado, neste domingo, para a mídia norte-americana.
"O presidente Joe Biden instruiu altos funcionários a prepararem proibições de vistos e sanções para colonos israelenses extremistas que atacam e deslocam palestinos na Cisjordânia", indica o diário norte-americano The Washington Post (WP).
Violência
O memorando do gabinete foi distribuído entre altos funcionários da Casa Branca, incluindo o secretário de Estado Antony Blinken e a secretária do Tesouro, Janet Yellen. O documento instrui os seus gabinetes a desenvolverem opções políticas para a tomada rápida de medidas contra os causadores de violência dirigida aos habitantes locais da Cisjordânia.
A formulação utilizada pelo presidente norte-americano em seu artigo de opinião no Washington Post sugere que ele reconhece a grave ameaça representada pela violência em curso. A decisão de Biden de tomar medidas legais sobre o assunto ocorreu após a sua reunião sobre a situação de Gaza com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o deputado Jon Finer.
O presidente Biden expressou o seu compromisso de emitir "proibições de vistos contra extremistas que atacam civis na Cisjordânia”.
Democratas
A deterioração da situação na Cisjordânia é resultado direto da escalada Israel-Hamas. A Cisjordânia e Jerusalém Oriental (ambas consideradas terras palestinas privadas) têm assistido a um aumento súbito de imigrantes israelenses que optam por residir e construir propriedades ali, por razões religiosas ou econômicas. O confronto entre os dois grupos se agravou desde os ataques de 7 de outubro.
Agora, enquanto a administração Biden enfrenta uma reação negativa sem precedentes por parte dos apoiadores pró-Palestina (muitos dos quais tradicionalmente votam nos Democratas), a Casa Branca sente-se obrigada a alterar a sua política na região e a ter em consideração interesses mais amplos.