O Google afirmou estar comprometido em trazer maior transparência aos anúncios políticos. E o Facebook disse que o banco de dados é uma maneira pela qual a empresa tem de se responsabilizar, “mesmo que isso signifique que nossos erros estejam expostos”.
Por Redação, com Reuters - de Washington
Bancos de dados públicos que colocam luz sobre anúncios políticos online - lançados pelo Facebook e Google antes das eleições parlamentares norte-americanas de terça-feira, ofereceram ao público a primeira visão ampla do quão rapidamente as empresas removem anúncios que violam regras de suas plataformas. Os bancos de dados também forneceram informações sem precedentes sobre o marketing online de candidatos, permitindo que eles capitalizassem as fraquezas de oponentes, disseram estrategistas políticos à agência inglesa de notícias Reuters. Cinco estrategistas de campanha disseram à Reuters que ajustaram as táticas de publicidade nas últimas semanas, com base no que os bancos de dados revelaram sobre os gastos dos adversários em anúncios e quais gêneros, faixas etárias e Estados viram as mensagens. Facebook e Google, da Alphabet, introduziram os bancos de dados este ano para dar detalhes sobre alguns anúncios políticos comprados em seus serviços, uma resposta as alegações de promotores dos EUA de que agentes russos que aparentemente interferiram na eleição presidencial de 2016 compraram anúncios em plataformas online. De acordo com informações coletadas pela Reuters nos bancos de dados, os 258 anúncios removidos, com datas de início e término de exibição, ficaram disponíveis no Google em média oito dias e 15 dias no Facebook. Os bancos de dados geralmente não dizem por que um determinado conteúdo foi removido e apenas o Facebook mostra cópias de anúncios proibidos. Com base nos intervalos dos bancos de dados, 436 anúncios foram exibidos até 20,5 milhões de vezes e custam até US$ 582 mil, totalizando uma fração dos milhões de dólares gastos online nessas corridas eleitorais.