A análise consta em um documento reproduzido pela agência inglesa de notícias Reuters, neste domingo, em que são reportados os impactos da crescente rivalidade entre EUA e China, em especial sobre o setor agrícola.
Por Redação, com Reuters – de Pequim e Washington
Os EUA correm o risco de aprofundar a instabilidade global ao impor uma nova rodada de tarifas sobre a China e intensificar a rivalidade, ao não buscar soluções negociadas com Pequim, avalia uma autoridade brasileira emWashington. Na avaliação desse representante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a disputa com Pequim pode trazer impactos duradouros não apenas sobre o comércio e a inovação tecnológica, mas também sobre a base produtiva e a sobrevivência de milhares de agricultores americanos afetados pela guerra comercial.

A análise consta em um documento reproduzido pela agência inglesa de notícias Reuters, neste domingo, em que são reportados os impactos da crescente rivalidade entre EUA e China, em especial sobre o setor agrícola.
“A nova rodada de tarifas impostas por Washington representa mais do que um simples instrumento econômico: trata-se de uma demonstração de poder e uma tentativa de redefinir os termos da competição estratégica com a China”, diz trecho do relatório.
Sobretaxa
Na última sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos da China a partir de 1º de novembro. Hoje, a sobretaxa aplicada pelos EUA a produtos chineses é de 30%.
Em reação, o Ministério do Comércio da China afirmou neste domingo, no horário local, que o país não quer lutar com os norte-americanos em relação à guerra comercial, mas não tem medo de aplicar “medidas firmes e correspondentes” caso não voltem atrás da decisão.
Na avaliação dessa autoridade brasileira, os efeitos imediatos da tensão foram sentidos nos mercados financeiros, com quedas expressivas nas principais Bolsas norte-americanas, mas o impacto mais profundo está sendo observado no setor agrícola.