A notícia chega um dia depois de a ONU ter denunciado a captura de 22 funcionários na capital Adis Abeba (seis dos quais já foram soltos) e poucas semanas após o governo ter expulsado sete diplomatas das Nações Unidas sob a acusação de ingerência em assuntos internos.
Por Redação, com ANSA - de Semera
As autoridades da Etiópia prenderam 72 motoristas do Programa Mundial de Alimentação (PMA) das Nações Unidas em Semera, no norte do país, região que é teatro de uma guerra entre tropas federais e rebeldes da etnia Tigré. A notícia chega um dia depois de a ONU ter denunciado a captura de 22 funcionários na capital Adis Abeba (seis dos quais já foram soltos) e poucas semanas após o governo ter expulsado sete diplomatas das Nações Unidas sob a acusação de ingerência em assuntos internos. – Confirmamos que 72 motoristas terceirizados contratados pelo PMA foram presos em Semera. Estamos em contato com o governo da Etiópia para entender as razões por trás de sua detenção – disse um porta-voz da ONU. Semera é capital de Afar, região vizinha a Tigré, que é dominada pela etnia homônima e concentra os conflitos com as tropas de Adis Abeba. "Estamos pleiteando com o governo para garantir sua segurança e total proteção a seus direitos humanos e legais", acrescentou o porta-voz Na semana passada, a Etiópia havia declarado estado de emergência por causa da iminente entrada na capital de rebeldes do Exército de Libertação Oromo (OLA), grupo que representa a mesma etnia do premiê Abiy Ahmed, mas se aliou à Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF) na luta contra o governo central.