Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Esvaziado, Davos abre espaço a tipos polêmicos, feito Bolsonaro

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Segunda, 21 de Janeiro de 2019 às 13:32, por: CdB

O baixo comparecimento dos líderes pode dar mais proeminência a personalidades que, de outra maneira, seriam ofuscadas, afirma a agência inglesa de notícias Reuters, em uma referência ao presidente Jair Bolsonaro.

 
Por Redação, com agências internacionais - de Davos, Suíça
  Sem a presença dos mandatários norte-americano, francês, britânico, chinês, russo e indiano, em um cenário em que os conflitos comerciais e uma desaceleração que poderia empurrar a economia mundial para a recessão devem dominar o encontro, o Fórum de Davos deste ano teve início, nesta segunda-feira, com o público reduzido.
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Ao lado do filho Carlos, Bolsonaro fala ao telefone após o embarque para Davos, no interior da Suíça
O baixo comparecimento dos líderes pode dar mais proeminência a personalidades que, de outra maneira, seriam ofuscadas, afirma a agência inglesa de notícias Reuters, em uma referência ao presidente Jair Bolsonaro. Ainda segundo a agência "dados da bolsa mostram êxodo persistente de capital no início do governo", em contraste com "fundos locais, que são os atores por trás da alta”. Economistas de Santander, UBS e outros, afirmaram aos jornalistas que os investidores externos "estão buscando mais do que retórica de animação”.

Base militar

O diário britânico Financial Times bate na mesma tecla ao destacar que Bolsonaro encontrará "desconfiados" em Davos. O jornal cita o Bank of America Merrill Lynch: "Não estamos vendo influxo de estrangeiros. A história [da alta da bolsa] é baseada na compra por brasileiros”, disse a instituição, em nota. Economistas de XP, UBS e BlueBay também resumiram que "os investidores estrangeiros têm uma visão menos emocional sobre Bolsonaro". Nos EUA, o site Drudge Report afirmou que "Bolsonaro faz início com tropeções como presidente...", listando o vaivém, a começar da base militar norte-americana, fato que gerou mal estar na Casa Branca. Segundo a agência norte-americana de notícias Associated Press, em texto reproduzido no diário norte-americano Washington Post, "Bolsonaros enfrentam questionamentos por investigação de corrupção", citando filho, mulher e o próprio presidente. Questiona, ainda, se a "lua de mel com Bolsonaro" já acabou.

Comitiva

Bolsonaro desembarcou no começo da tarde desta segunda-feira, em Zurique, de onde seguiu de carro para Davos, nos Alpes Suíços, onde participa 49ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial. No voo, foi acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho, e do presidente da Apex, Mario Vilalva. O secretário especial de comércio, Marcos Troyjo, chegou antes à cidade, assim como o governador João Doria (São Paulo), que aterrissou em voo comercial nesta manhã. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não acompanha a comitiva.
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