Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2025

Estratégia de defesa usada por Bolsonaro ‘não se sustenta’, diz PF

Advogados de Bolsonaro insistem na tese de que tudo o que foi discutido pelos golpistas está previsto na Constituição. Mais precisamente no artigo 142, que na leitura dos golpistas estabelece as Forças Armadas como poder moderador.

Quarta, 27 de Novembro de 2024 às 19:46, por: CdB

Advogados de Bolsonaro insistem na tese de que tudo o que foi discutido pelos golpistas está previsto na Constituição. Mais precisamente no artigo 142, que na leitura dos golpistas estabelece as Forças Armadas como poder moderador.

Por Redação – de Brasília

Entre os investigadores da Polícia Federal (PF) que acompanham o chamado ‘inquérito do golpe’, há o consenso de que a estratégia de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se sustenta, diante do peso do relatório final da corporação sobre o inquérito que apura o golpe de Estado fracassado no dia 8 de Janeiro.

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Bolsonaro está implicado em uma rumorosa investigação sobre sua participação na tentativa de golpe

Advogados de Bolsonaro insistem na tese de que tudo o que foi discutido pelos golpistas está previsto na Constituição. Mais precisamente no artigo 142, que na leitura dos golpistas estabelece as Forças Armadas como poder moderador.

A defesa do ex-mandatário neofascista diz ainda que não existem provas de que o ex-presidente tenha assinado a ‘minuta do golpe’. O próprio Bolsonaro tem verbalizado o discurso, ao afirmar que sempre agiu “dentro das quatro linhas (da Carta Magna)”.

 

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Delegados

Na visão dos investigadores, em conversa com colunistas da mídia conservadora, a defesa de Bolsonaro deixa de lado tudo o que aconteceu durante o governo e após ele. As apurações apontam que o ex-presidente e aliados elaboraram um roteiro que resultaria em uma espécie de “golpe legal”. 

Para alcançar tais objetivos, segundo o relatório da PF, o delegado Alexandre Ramagem teria sugerido a Bolsonaro que tirasse a autonomia dos delegados federais, como forma de controlar as investigações em andamento.

“O contexto das anotações acima indica que Ramagem sugestiona ao então presidente Jair Bolsonaro que interfira junto a administração da Polícia Federal para restringir a atuação funcional de delegados da Polícia Federal junto a inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal”, resume a PF, no documento.

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