Mushtaq Talib al Saidi, conhecido como Abu Taqua, era o comandante da 12.ª Brigada do movimento pró-Iraniano Al-Nujaba, que integra as Forças de Mobilização Popular, cujo quartel-general está sediado em Bagdá.
Por Redação, com Lusa - de Washington/Bagdá
Os Estados Unidos (EUA) reivindicaram nesta sexta-feira a morte em Bagdá do líder de um grupo armado pró-iraniano, envolvido, segundo Washington, em ataques contra as suas tropas no Iraque e na Síria.
Mushtaq Talib al Saidi, conhecido como Abu Taqua, era o comandante da 12.ª Brigada do movimento pró-Iraniano Al-Nujaba, que integra as Forças de Mobilização Popular, cujo quartel-general está sediado em Bagdá.
– Esse foi um ataque de autodefesa porque esse indivíduo em particular, estava envolvido no planejamento e na execução de ataques contra pessoal dos Estados no Iraque e na Síria, o que por definição é uma ameaça e envolve agir em legítima defesa – justificou o porta-voz do Pentágono, brigadeiro-general Pat Ryder, em entrevista, acrescentando que "nenhum civil ficou ferido e nenhuma infraestrutura ou instalação foi afetada".
Fonte do Ministério do Interior iraquiano disse à agência EFE que o ataque com um drone matou também o braço direito de Abu Taqua, bem como outro membro do grupo, mas o general apenas confirmou a morte de uma segunda pessoa.
O grupo Al-Nujaba também faz parte da chamada Resistência Islâmica no Iraque, que tem lançado ataques contra alvos norte-americanos no Iraque e na Síria.
Vários dos grupos que compõem a Resistência Islâmica no Iraque condenaram o ataque e exigiram que o governo iraquiano expulse do país as tropas norte-americanas.
– Como já dissemos há algum tempo, reservamo-nos o direito inerente à autodefesa e tomaremos as medidas necessárias para proteger o nosso pessoal – afirmou o porta-voz do Pentágono, destacando que seu país não procura aumentar a tensão na região, mas também não vai permitir que suas forças sejam ameaçadas.
Iraque e Síria
As tropas norte-americanas e da coligação internacional anti-jihadista destacadas no Iraque e na Síria têm sido alvo quase diariamente de ataques com drones e foguetes desde o início da guerra, em 07 de outubro, entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Nas últimas semanas, os grupos armados iraquianos foram alvo de bombardeios em diversas ocasiões, alguns dos quais reivindicados pelos Estados Unidos, país visado por fações pró-iranianas pelo seu apoio a Israel.
A Resistência Islâmica reivindicou um ataque com drones a uma base norte-americana no Sul da Síria, a primeira ação depois do ataque norte-americano em Bagdá contra os seus dirigentes.
"Os mujahidines da Resistência Islâmica atacaram, utilizando drones, a base da ocupação no campo de Rukban na Síria, e a Resistencia confirma a contínua destruição de redutos do inimigo", disse o movimento em comunicado.
O ataque não foi confirmado por fontes norte-americanas.