Hersh relata que o isolamento crescente de Biden tem sido observado até por antigos amigos no Senado, o que levanta questões sobre a capacidade de retomar suas atividades habituais.
Por Redação, com agências internacionais – de Washington
Amigos e pessoas próximas ao presidente dos EUA, Joe Biden, com informações privilegiadas sobre o estado de saúde do dirigente, estão cientes de sua “deterioração mental” há meses, segundo o jornalista investigativo Seymour Hersh, 87, ganhador do Prêmio Pulitzer de Reportagem Internacional e especializado em geopolítica, atividades dos serviços secretos e assuntos militares norte-americanos.
Segundo a agência russa de notícias Sputnik, Hersh relata que o isolamento crescente de Biden tem sido observado até por antigos amigos no Senado, o que levanta questões sobre a capacidade de retomar suas atividades habituais.
O jornalista também menciona incidente quando um líder estrangeiro, após uma reunião privada com Biden, expressou preocupações sobre a capacidade do presidente de enfrentar uma campanha de reeleição. Adicionalmente, a performance de Biden no debate presidencial com Donald Trump evidenciou a incapacidade de exercer suas funções, conforme citado por observadores nacionais e internacionais.
Segurança
Hersh questiona a decisão da Casa Branca de permitir que Biden tivesse participado do debate, sugerindo que uma boa performance poderia adiar questões sobre sua saúde mental. No entanto, uma má performance conforme o ocorrido, abriu espaço para a campanha de Biden aprimorar sua preparação para o próximo confronto.
Outra fonte citada por Hersh, no entanto, indica que o Partido Democrata enfrenta uma crise de segurança nacional por apoiar guerras devastadoras sob a liderança de um presidente que não está à altura de decisões tão complexas.
O premiado jornalista levanta, ainda, a possibilidade de um discurso de renúncia, comparando a situação atual com aquela de março de 1968, em que Lyndon Johnson deixou a Casa Branca. Ele questiona também a inatividade em relação à 25ª Emenda, a qual permite que o vice-presidente e a maioria do gabinete declarem o presidente incompetente, sugerindo uma crise interna na Casa Branca.
Substituição
Ainda neste sábado, uma pesquisa conduzida pelo instituto Morning Consult, reportada pela agência russa de notícias Tass, indicou que a maioria dos eleitores norte-americanos acredita que o Partido Democrata deveria substituir o atual presidente como candidato na próxima eleição. Segundo o site de notícias Axios, que divulgou detalhes da pesquisa, cerca de 60% dos entrevistados afirmaram que Biden deveria ser “definitivamente” ou “provavelmente” substituído como candidato democrata após sua atuação no debate presidencial de quinta-feira, em que ele demonstrou senilidade e incapacidade cognitiva.
No questionamento direto entre Biden e o ex-presidente Trump, 45% dos entrevistados apoiaram o atual presidente, enquanto 44% preferiram o ex-chefe de Estado. A pesquisa também revelou que 57% dos eleitores que assistiram ao debate consideram que Trump teve um desempenho superior ao de Biden.
Este primeiro debate presidencial, realizado em Atlanta, Geórgia, foi histórico ao colocar frente a frente um presidente em exercício e um ex-presidente. O evento é um prelúdio para as eleições presidenciais marcadas para o dia 5 de novembro.
O ex-presidente Donald Trump já garantiu os delegados necessários para receber a nomeação presidencial pelo Partido Republicano. O presidente Joe Biden, por sua vez, também assegurou o número suficiente de delegados para obter a nomeação pelo Partido Democrata.